Lloyd Harris. O sul-africano que brilhou em Portugal virou tomba gigantes

Aos 24 anos, Lloyd Harris está a colher os frutos de várias épocas de trabalho e a assumir-se como um jogador do top 100 mundial — e não só. Esta semana, no Dubai, o sul-africano derrotou três nomes pesados do circuito para chegar às meias-finais mais importantes da carreira, que teve como ponto de impulsão uma passagem de sucesso por Portugal.

Em 2018, o jogador natural da Cidade do Cabo brilhou nas duas primeiras etapas do Cascais NextGen Tour, o circuito de quatro torneios internacionais de 25.000 dólares organizado pela 3Love (a entidade responsável pelo Millennium Estoril Open), ao somar 10 vitórias em 10 encontros para conquistar os títulos em Vilamoura e Lisboa.

Esses troféus foram os últimos de um total de 13 no circuito ITF, porque depois passou a jogar Challengers a tempo inteiro (e ainda nesse ano venceu dois). E se o ténis que exibiu na Vilamoura Tennis Academy e no Lisboa Racket Centre deixou bem patente o futuro promissor, o tempo encarregou-se de lhe fazer justiça e, cumpridos todos os passos, Harris tem vindo a agarrar um lugar entre os melhores.

Se em julho de 2019 se estreou no torneio de Wimbledon e teve como cereja no topo do bolo um encontro com o ídolo Roger Federer em pleno Centre Court do All England Club, em janeiro de 2020 atingiu a primeira final da carreira no circuito ATP, em Adelaide.

Um ano depois, o tempo continua a fazer bem a Lloyd Harris, que uma semana depois de surpreender Stan Wawrinka em Doha está a brilhar ainda mais no Dubai: depois de ultrapassar o qualifying venceu o australiano Christopher O’Connell, mas foi na segunda ronda que se destacou verdadeiramente, ao eliminar o primeiro cabeça de série, Dominic Thiem. Seguiu-se o triunfo sobre Filip Krajinovic e, já esta quinta-feira, perante Kei Nishikori, por 6-1, 3-6 e 6-3, para chegar às meias-finais mais importantes da carreira.

Segue-se um duelo de fogo com Denis Shapovalov, já com a certeza de que na próxima segunda-feira, precisamente na semana em que se cumpre o segundo aniversário da conquista em Vilamoura, chegará a um novo máximo no ranking ATP: o 64.º lugar está assegurado, mas com mais uma vitória ficará à porta do top 50.

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