Terminou a participação portuguesa na 109.ª edição do Australian Open. Depois de Pedro Sousa perder com o ex-campeão Stan Wawrinka, Frederico Silva apresentou-se a um bom nível, mas não conseguiu surpreender o favorito do público Nick Kyrgios, que joga em Melbourne o seu segundo torneio dos últimos 12 meses.
A jogar pela primeira vez no quadro principal de um torneio do Grand Slam, o tenista caldense de 25 anos (185.º no ranking ATP) reagiu bem à ocasião e não se deixou intimidar nem pelo adversário, nem pelo terceiro maior court de Melbourne Park, nem pelo público, transpondo para este encontro a atitude que é seu apanágio.
Mas o jogador da casa também encarou o encontro com seriedade e, com os níveis de concentração estáveis durante as duas horas de jogo, fez valer o arsenal e a experiência para vencer por 6-4, 6-4 e 6-4 naquele que foi o reencontro com o português nove anos depois de Frederico Silva ter levado a melhor ao lado de Kyle Edmund na primeira de duas finais de pares que venceu enquanto júnior em torneios do Grand Slam.
Para chegar a Melbourne, Frederico Silva passou pelo qualifying em Doha — um feito inédito no ténis masculino nacional — e depois treinou durante 15 dias no quarto por ter voado num avião onde foi detetado um teste positivo à covid-19.
A qualificação do pupilo de Pedro Felner possibilitou a Portugal contar pela primeira vez com três representantes no mesmo quadro principal de um torneio do Grand Slam, mas João Sousa foi forçado a desistir à última hora por ter falhado os timings obrigatórios de viagem para Melbourne depois de ter testado positivo à covid-19.
Concluído este capítulo, Frederico Silva tem pela frente duas semanas de preparação antes de voltar à competição no Challenger de Nur-Sultan, a capital do Cazaquistão (antiga Astana), na semana de 22 de fevereiro. Será também nessa semana que João Sousa iniciará a série de torneios ATP (Córdoba, Buenos Aires e Santiago do Chile) na América do Sul, enquanto Pedro Sousa, João Domingues e Gonçalo Oliveira jogam já na próxima semana o Challenger de Concepción, no Chile.
