Pela sétima vez na carreira, Pedro Sousa terminou uma semana como campeão de um torneio do ATP Challenger Tour. Aos 30 anos, o lisboeta fez a festa em Meerbusch — mas engana-se quem pensa que há tempo para viajar: às 10h da manhã de segunda-feira já estará dentro de um avião no aeroporto de Bruxelas, a caminho de Nova Iorque para disputar o qualifying do US Open… Na terça-feira.
A semana de “festa” em solo alemão coincidiu com o regresso ao circuito depois de uma curta mas preocupante ausência devido a uma lesão na perna e ao Raquetc o número dois nacional contou que ainda pensou em não jogar. “Acabei por decidir vir à última hora e felizmente que o fiz, porque acabei por ganhar o título. Quero aproveitar para agradecer ao meu fisioterapeuta, o João Coito, porque quando cheguei lá depois da Finlândia (lesionou-se na meia-final do Challenger de Tampere) nem conseguia andar direito e passado três semanas estou a ganhar este torneio.”
Numa semana de muita luta — as últimas três vitórias foram assinadas em três sets —, Pedro Sousa reconheceu que ficou “um bocado surpreendido por estar tão bem preparado para esta semana. Não comecei da melhor maneira mas fui evoluindo a cada dia e acabei as meias-finais e a final a jogar a um grande nível.”
A chave para o sucesso? “Fui paciente. Sabia que podia fazer um bom torneio mas que também podia não correr bem porque vinha de uma lesão. Consegui jogar bem nos pontos importantes e melhorar a cada dia no torneio, fui-me sentindo melhor e as coisas começaram a sair. Hoje aquele jogo em que ele teve não sei quantos mil break points que acabei por salvar foi decisivo nesta final.”
A vitória permitiu a Pedro Sousa alcançar Gastão Elias no segundo lugar da lista de tenistas portugueses com mais títulos conquistados no ATP Challenger Tour, mas essas contas não entram no pensamento de Pedro Sousa. “Não estou muito a par. Sei que é o meu sétimo título mas não sabia quantos é que o Gastão tinha. Sabia os do Rui [Machado que lidera, com oito], mas não é com eles que compito e quero é tentar ganhar torneios e somar o máximo de pontos possível porque quantos mais, melhor.”
E agora… A pressa de atravessar o atlântico. “Vou apanhar o comboio para Bruxelas”, disse ao Raquetc uma hora depois de pôr as mãos no troféu de campeão em Meerbusch. “Tenho voo às 10h da manhã para Nova Iorque, vou lá chegar à tarde e terça-feira salto para a arena. Não vai ser fácil mas vamos ver o que é que acontece.”
Entretanto, já foi sorteado o quadro de qualificação do quarto e último torneio do Grand Slam da temporada.