OEIRAS — Gastão Elias está cansado, mas continua a encontrar soluções para os problemas com que se depara na terra batida do Complexo de Ténis do Jamor e já só precisa de mais uma. Alessandro Giannessi é o puzzle que o separa da “dobradinha” no Oeiras Open e a solução será pensada durante as últimas horas deste sábado, antes do Dia D.
“Para dizer a verdade não sei muito bem como é que dei a volta a este jogo”, começou por afirmar o tenista português de 31 anos depois de dar a volta ao checo Zdenek Kolar (por 2-6, 6-2 e 6-1) para registar a nona vitória consecutiva no palco mais histórico do ténis português. “No início parecia que ia ter um desfecho bastante infeliz, porque sentia que o meu adversário estava bem, consistente e muito agressivo, sem cometer grandes riscos, o que me deixou frustrado e sem saber bem o que fazer. Juntando a isto, obviamente também não estava num dos meus dias mais frescos em termos físicos, mas fui melhorando.”
Com paciência — e experiência —, Elias aproveitou a troca de bolas para iniciar a revirvolta. “O jogo começou a ser mais rápido, eu comecei a causar-lhe mais dificuldades, principalmente com a direita, a controlar mais os pontos e a fazer mais winners, o que me deixou mais tranquilo, mais lúcido e fez entender melhor o jogo e encontrar soluções. Acabei a jogar um excelente ténis, com poucos erros não forçados e muito confiante.”
Depois de concluir aqueles que considerou terem sido dois puzzles totalmente diferentes, Gastão Elias terá de repetir um que já resolveu na semana passada: chama-se Alessandro Giannessi e chega à final do Oeiras Open 2 motivado por ter colocado um ponto final na série de nove derrotas consecutivas em meias-finais de torneios do ATP Challenger Tour. E na opinião do português não será em nada igual ao desafio anterior.
“Vai com certeza ser um encontro menos tranquilo do que o da semana passada, disso não tenho dúvidas nenhumas. Eles aprenderam com esse encontro”, garantiu, referindo-se ao italiano e ao técnico que o acompanha, o espanhol Rubén Ramírez Hidalgo (ex-treinador de Pedro Sousa).
“Senti que hoje ele esteve muito melhor animicamente em relação à semana passada, em que o tinha sentido em baixo em termos de intensidade e consegui aproveitar bem isso. Vai entrar para esta final de uma forma totalmente diferente e portanto não espero um encontro nem pouco mais ou menos parecido. Mas acredito que se estiver bem consigo que as coisas se inclinem mais para o meu lado e, provavelmente, sair com uma vitória”, acrescentou Gastão Elias, que apesar de não ter querido abrir o jogo — “não me vou preocupar muito com o que ele pode ou não fazer, vamos estar mais concentrados naquilo que temos de fazer” — irá trabalhar na derradeira solução com o seu treinador, o brasileiro Guilherme Balboa.