João Sousa de malas feitas para a Austrália com o “objetivo de chegar ao circuito principal até meio do ano”

O ano de 2021 ainda não terminou, mas João Sousa e o treinador Frederico Marques já estão praticamente de malas feitas para abordarem 2022, a época que marca o regresso do melhor tenista português da história à Austrália depois de um ano de ausência e para a qual o primeiro objetivo é o regresso à elite do circuito mundial masculino.

Com voo para Melbourne agendado para dia 27 de dezembro, a dupla portuguesa fez toda a preparação para a nova temporada no local habitual, Barcelona. E Frederico Marques afirmou, em declarações ao Raquetc, que “a preparação correu muito bem.”

“O João está melhor fisicamente e os índices de confiança estão mais altos. Aproveitámos algum do nosso tempo em Barcelona para treinarmos com atletas do top 100 e top 50 [porque] em 2021 passámos vários meses sem poder competir nesse nível e o nosso desejo era avaliar o nível em que estamos para enfrentarmos 2022”, explicou o treinador de 35 anos.

Depois de uma reta final de 2021 “com vários encontros ganhos no circuito Challenger, em que a maioria dos jogadores está fora do top 100”, um dos objetivos de João Sousa e Frederico Marques é “continuar a subir escalões tanto a nível físico, como técnico para chegarmos ao circuito principal até meio de 2022.”

Para isso, o treinador reconheceu que “foi importante disputar finais a nível Challenger porque vencer seja a que nível for é sempre bom” e que agora “os níveis e motivação e confiança estão mais altos”, o que faz com que seja “mais fácil descansar e trabalhar aspetos mais desafiantes.”

Um deles prende-se com o cada vez mais reduzido período de transição entre temporadas: “Há cada vez menos tempo de paragem e as equipas devem adapta-se ao ritmo do circuito e trabalhar em adaptação constante durante o ano os aspetos que é necessário evoluir. Há uns anos falávamos de um período de praticamente seis semanas sem competições, mas neste momento apenas existe uma paragem de alguns dias e isso torna o processo ainda mais exigente. O ténis ao mais alto nível é cada vez mais exigente e é obrigatório que nos adaptemos para conseguirmos evoluir.”

Se em 2021 os planos de João Sousa e Frederico Marques sofreram uma alteração de última hora devido à covid-19, que impediu o número um português de competir na Austrália pela primeira vez em 10 anos, em 2022 essa voltará a ser a primeira paragem do tenista vimaranense de 32 anos.

Apesar do destino ser o qualifying do Australian Open, e não o quadro principal que estavam habituados a disputar diretamente, Frederico Marques destacou que “nada muda, queremos evoluir aspectos que estão muito bem identificados para poder estar e permanecer no circuito principal” e reforçou que “a nossa intenção é estar cada vez mais competitivos e vencer sempre que entramos em campo, seja em qualificações ou a qualquer outro nível.”

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