Nuno Borges junta-se a Gastão Elias em final 100% portuguesa no Porto Open

PORTO — O troféu de campeão de singulares masculinos do Porto Open 2020 vai ser erguido por um tenista português: depois de Gastão Elias, também Nuno Borges garantiu a qualificação para a final do maior torneio de ténis a acontecer na cidade invicta.

Número 507 do ranking ATP, o jogador maiato de 23 anos já tinha passado pelo compatriota Tiago Cação no início da jornada de sábado e a fechar o dia colocou-se em boa posição de superar Stefan Kozlov, norte-americano de 22 anos que é o 393.º da hierarquia, mas que já esteve muito perto do top 100 (115.º há três anos). Só que a chuva interrompeu o encontro e adiou a decisão para a manhã deste domingo, em que o português venceu os quatro jogos disputados para selar a vitória, com os parciais de 6-3 e 7-5.

Se na véspera, já com cinco sets nas pernas, Borges começou a acusar algum desgaste físico perante um adversário que o forçou a movimentar-se muito, este domingo o jogador português regressou fresco e conseguiu mudar o rumo dos acontecimentos: apostou em bolas curtas, com um grande recurso ao amortie, e “partiu” o norte-americano, que apesar de ter lutado em todos os jogos perdeu o break de serviço e voltou a ser quebrado, ficando sem argumentos para lutar por outro resultado.

“Ontem senti que estava por cima, mas no segundo set já estava muito desgastado. Era o meu quinto set do dia e sinceramente senti que se continuássemos ia ser difícil, porque mesmo em termos mentais já estava muito desgastado. Ele fazia-me jogar muita, muita bola e isso era exatamente aquilo de que eu não estava a precisar. Esse é o jogo dele, mas de certeza que o teve em conta. Eu não estava a conseguir ganhar os pontos, estava frio e as bolas abriam e ficavam muito lentas, por isso ia acabar por ceder”, analisou Borges em conversa com o Raquetc logo após a “primeira parte” deste duelo.

Já sobre a performance desta manhã, fez referência às alterações táticas com que entrou em court: “Adaptei um bocadinho o jogo e em vez de dar tanta ‘paulada’ na bola e ser tão agressivo optei por jogar muitos mais amorties. Ele joga muito lá atrás, é muito rápido e conseguiu chegar na maioria das vezes, mas senti que era mais por aí, porque não estava a conseguir fazer winners do fundo do court. Mas foram quatro jogos muito duros em que podia perfeitamente ter perdido três.”

A final deste domingo no Complexo Desportivo do Monte Aventino será uma reedição do encontro de atribuição do título de há três semanas, no primeiro torneio internacional realizado em Sintra, que sorriu a Nuno Borges.

Concluído o primeiro duelo do dia, Nuno Borges voltará à ação por volta das 14 horas, no court central, para lutar pelo título de campeão com o compatriota Gastão Elias. Será a segunda final no Porto Open para o maiato (foi finalista em 2018, quando o torneio ainda se jogava em terra batida) e a terceira do ano em quatro torneios disputados: foi campeão em Monastir e mais recentemente em Sintra, onde derrotou precisamente Elias no encontro do título.

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