PORTO — Francisca Jorge sagrou-se vice-campeã de singulares do Porto Open, torneio que marcou a estreia da vimaranense de 20 anos em finais de 25 mil dólares. A reviravolta sofrida no encontro decisivo deixou-a triste, mas a campanha realizada ao longo de toda a semana constitui motivo de orgulho e satisfação, como a própria admitiu horas antes, ao carimbar a vitória nas meias-finais.
“Se não pensar muito na forma como acabou foi uma boa semana, em que me senti bem em campo e consegui fazer bem as coisas. Acho que mostrei maturidade, que era algo que não estava a conseguir atingir. Por isso estou contente pela semana, mas triste pela forma como a final terminou. Custa um bocadinho, mas vou ter mais oportunidades pela frente”, disse Francisca Jorge ao Raquetc, sem esconder a desilusão por ter deixado escapar uma vantagem de 6-1 e 3-1 para Georgina Garcia-Perez, 228.ª WTA.
“Eu estava a conseguir ser bastante eficaz a elaborar o plano que tínhamos formulado, mas depois ela mudou um bocadinho a tática e eu fui na onda. Baixei o ritmo e ela mostrou porque é que está perto das 200 melhores do mundo e a experiência que tem”, acrescentou a melhor tenista portuguesa da atualidade.
Se após a final Francisca Jorge não conseguiu esconder as lágrimas e foi breve a fazer um resumo da semana, horas antes, no balanço à melhor vitória da carreira (frente à número 155, Cristina Bucsa, nas meias-finais), deixou bem evidentes a alegria e orgulho que sentiu ao protagonizar esta campanha na cidade invicta.
“Ainda estou a tremer. Não acreditava que isto era possível e estou muito contente”, disse, entre vários sorrisos. “Tem sido um ano difícil e a nível individual não estava a ter muito sucesso, andava um bocadinho desanimada. Mas esta semana as coisas estão a acontecer e isso dá-me muita confiança.