US Open descarta qualifying, Pedro Sousa entra direto e confirma: “Planeio ir a Nova Iorque”

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Depois de muitas dúvidas, as primeiras certezas: o US Open vai para a frente nas datas planeadas pela organização desde o início (31 de agosto a 13 de setembro), mas com muitas restrições — e uma delas é benéfica para o ténis português, uma vez que dá a Pedro Sousa acesso direto ao quadro principal do Grand Slam norte-americano.

Num dia agitado que começou com a confirmação, por parte do Governador de Nova Iorque, de que o torneio vai para a frente, a United States Tennis Association (USTA) comunicou aos jogadores um plano de segurança em que dá conta da eliminação do quadro de qualificação, uma medida que liberta 16 lugares no quadros principais, passando a ser 120, e não 104, os jogadores com entrada direta.

Sendo o tenista lisboeta de 32 anos o 110.º classificado na atualização do ranking de 16 de março (data em que foi publicado pela última vez), esse lugar está garantido e a vontade é clara: “Planeio ir a Nova Iorque”, confirmou ao Raquetc poucos minutos depois de ser conhecido o plano da USTA.

Ao longo dos últimos dias, têm sido várias as opiniões sobre a viabilidade do US Open. Pedro Sousa reconhece que “é um assunto um pouco complicado”, mas afirma que “se a USTA quer organizar o US Open está no seu direito e deve organizá-lo, cumprindo todas as regras”.

No entanto, o número dois português — que este ano fez a estreia em finais de singulares do circuito ATP — alerta que a situação “deve ser justa para todos os jogadores, os que jogam e os que não jogam.”

“Estarem só uns a competir por pontos não me parece justo. Acho que todos deviam ter essa oportunidade, por isso se houver Challengers, Futures, mais torneios onde todos possam somar pontos acho que é justo, mas não havendo deviam pensar nalguma forma desses jogadores não serem prejudicados. Não sei se jogar sem pontos, se jogar só com pontos para a Race (a corrida ao Masters do final do ano), não sei, mas é um assunto bastante delicado e vai ser difícil agradar a todos. O fundamental é o circuito dar oportunidades a todos, como costuma acontecer”, acrescentou o tenista de Lisboa.

Já há mais de três meses sem competir, Pedro Sousa tem regresso aos torneios marcado para a próxima semana, na primeira de três etapas do novo Circuito Sénior FPT, onde vão estar todos os melhores jogadores portugueses da atualidade.

Já recuperado da rutura no gémeo que o perturbou nas últimas semanas de competição antes da paragem, o número dois nacional contou que começou a treinar na semana passada. “Já me vou sentindo bem e vou jogar os torneios da Federação. Quando sair o calendário oficial então começo a tomar decisões em relação a quando começo lá fora.”

Em contrapartida, a medida imposta pela USTA significa que João Domingues (152.º ATP) e Frederico Silva (193.º) não poderão viajar até Nova Iorque para participar no qualifying, um cenário que já vinha a ser dado como provável nos últimos dias pelos que são próximos da organização norte-americana.

O calendário oficial do regresso dos circuitos internacionais só será divulgado pelas associações (ATP e WTA) na quarta-feira, mas esta terça-feira também se ficou a saber que o Western and Southern Open (Masters 1000/Premier 5) foi excecionalmente movido de Cincinnati para Nova Iorque. Desta forma, os norte-americanos conseguem reunir na “Big Apple” todos os jogadores ao longo de quatro semanas: este torneio será jogado de 22 a 28 de agosto (sábado a sexta-feira), seguido de dois dias de pausa até ao arranque do US Open. Os quadros principais de singulares mantêm-se com 56 jogadores, os de qualificação terão 48 — o que torna possível a presença de Pedro Sousa.

Última atualização às 22h24.

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