US Open confirma que quer avançar, mas decisões ficam para a próxima semana

Fotografia: US Open

A reunião desta quarta-feira entre a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e várias centenas de jogadores era aguardada com grandes expetativas um pouco por todo o mundo e apesar de não ter resultado em decisões finais terá servido para confirmar os cenários que estão a ser estudados — e aquilo que deverá ser anunciado a 15 de junho, dia para o qual ficou marcado o próximo comunicado das entidades que gerem o ténis mundial.

Segundo a MARCA, numa reunião para a qual foram convidados mais de 500 jogadores estiveram presentes Andrea Gaudenzi e Massimo Calvelli, a dupla de italianos que no início da época assumiu a liderança do circuito masculino, e também Stacey Allaster, a responsável máxima pela USTA (a federação norte-americana de ténis).

Apesar de nenhuma decisão ser ainda final, tudo indica que o US Open vá para a frente com limitações significativas: para além da já esperada ausência de público nas bancadas, os norte-americanos também estão a considerar não realizar a fase de qualificação e reduzir o quadro de pares de 64 para 32 duplas, de forma a evitar grandes aglomerações no Billie Jean King National Tennis Center.

Esta informação vai de encontro ao que foi publicado na véspera por Alison Van Uytvanck, que no Twitter revelou que a WTA está a trabalhar com o dia 3 de agosto como data de regresso da competição internacional e o US Open nas datas previstas pela USTA, bem como a realização de Roland-Garros em setembro/outubro, precedido de Madrid e Roma.

Entre o feedback dos jogadores e a vontade dos organizadores seguem-se cinco dias de reflexão até ao anúncio decisivo, no referido 15 de junho, mas é sabido que grande parte dos jogadores do top 100 ATP é contra um cenário que implique um confinamento obrigatório em Nova Iorque para poderem participar no US Open. Em cima da mesa continua, também, a possibilidade de transferir o torneio de Cincinnati para Nova Iorque, de forma a criar uma “bolha competitiva” naquela cidade, apesar de nos últimos dias Novak Djokovic ter verbalizado por mais do que uma vez ser contra um US Open que restrinja os jogadores a uma rotina hotel-torneio-hotel, ou o facto de só poder ser acompanhado por um elemento — comentários que têm reunido cada vez mais críticas de companheiros de circuito, que nas redes sociais o acusam de estar contribuir para que percam oportunidades de competir e ganhar dinheiro.

As únicas garantias dadas pelos responsáveis dos circuitos? Os jogadores terão o direito de se recusarem a participar nos torneios enquanto a situação pandémica se verificar e a época terminará em novembro, não havendo espaço para recalendarizações de torneios em dezembro.

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