TAVIRA — Aos 17 anos, Tomás Luís viveu um dia para recordar ao conquistar, na cidade que o viu nascer, o primeiro ponto ATP da carreira. Mas o algarvio quer mais e à enorme satisfação que sente quer juntar “mais pontos” que lhe permitam continuar a evoluir.
Em declarações ao Raquetc depois da vitória sobre Paulo Fernandes, o tavirense começou por agradecer o wild card que lhe foi entregue pela organização do Tavira Tennis Open e explicou como lidou com todas as emoções dos últimos dias — e em especial a partir do momento em que começou a considerar possível a conquista do marcante primeiro ponto.
“Estava muito tenso no início e mesmo ontem, depois de sair o quadro, também fiquei porque vi que tinha as minhas possibilidades. Estou muito feliz, tive cá as pessoas de Tavira a apoiarem-me, veio o Vereador, o Presidente da Junta de Freguesia e gostei do apoio deles. Principalmente quando estive a perder por 1-4, eles puxaram por mim e isso ajudou-me muito”, revelou Tomás Luís.
O jogador da casa, que começou a jogar ténis “aos quatro ou cinco anos” com Pedro Pereira — treinador com o qual entretanto voltou a trabalhar na Nora Velha —, explicou a fórmula por trás da recuperação no parcial inaugural. “O Paulo estava a jogar muito bem, a ser agressivo, a falhar pouco e não me estava a deixar entrar no jogo. Então ao 1-4, quando me senti, pensei ‘tu não jogas só com um plano, tens vários, tens nível e podes ganhar. Corre atrás da bola, mete todas lá dentro com qualidade e espera que ele comece a falhar’. E assim comecei a acreditar, fiz o 4-3, o 4-4 em que ele teve um ponto para passar novamente para a frente e depois quando fiz o break fui com tudo para cima dele e consegui dar a volta.”
A vitória deixou Tomás Luís radiante, mas o objetivo “não é ganhar um ponto e ficar assim o ano todo mas sim tentar ganhar já o próximo amanhã.” A tarefa não será fácil, porque vai ter pela frente o terceiro cabeça de série Roberto Ortega-Olmedo (que passou por Francisco Cabral).
