Djokovic sobre revolução na Taça Davis: “São notícias fantásticas. Tudo o que queremos é representar o nosso país”

Fotografia: Luke Hemer/Tennis Australia

Nos últimos dias o mundo do ténis tem refletido sobre o conjunto de novas medidas previstas para a Taça Davis anunciadas por Gerard Piqué e pela ITF no início da presente semana. Enquanto incontestável nome forte da modalidade e Presidente da Associação de Jogadores, Novak Djokovic tem naturalmente uma opinião formada sobre a matéria e partilhou-a esta quinta feira com o jornal francês Le Parisien.

São noticias fantásticas! Todos queremos representar o nosso país e eu tenho andado a dizer há anos que o atual formato não funciona“, começou por dizer antes de concretizar. “A prova disso: são cada vez menos os melhores jogadores a participar regularmente. Eu próprio o fiz durante anos antes de começar a chegar às fases finais de Grand Slams. É uma decisão que muitos estavam à espera“.

Além do sérvio, já várias outras personalidades do ténis se pronunciaram sobre o assunto. Há quem siga a linha de pensamento de Djokovic e esteja de acordo, como é o caso de Rafael Nadal. E outros que discordam, apregoando uma sentença de morte à tradição da Taça Davis, como fizeram questão de tornar público os ilustres Yannick Noah e Amélie Mauresmo.

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Para o ex-número um mundial, a relutância em abraçar a mudança numa competição com tanto peso histórico é compreensível. Contudo, chega a um ponto em que também se torna inevitável. “A Taça Davis é um evento histórico. Tem raízes profundas que respeitamos mas precisa de inovar e melhorar. Respeito todos os que deixaram um legado no ténis, mas outros estão a progredir e precisamos de avançar aproveitando as oportunidades“, vincou.

A competição não desaparece, é elevada para uma nova dimensão. Vai tornar-se mas atrativa para o mundo do desporto, para os patrocinadores, para os media e para os fãs”, acrescentou o tenista natural de Belgrado, que espera neste momento o “ok” médico, de modo a competir no Masters de Indian Wells.

Finalmente, o jogador de 30 anos também teceu comentários relativamente a um dos pontos da proposta que suscita mais dúvida e apreensão: o encaixe no calendário. “De facto não estou inteiramente convencido. Percebo o interesse em ser na última semana da temporada, seria a cereja no topo do bolo. Em breve teremos a opinião de todos os jogadores porque este é um dos pontos na agenda para a reunião em Indian Wells. Mas sinceramente, acumular todo o talento do ténis num único local durante sete dias é fenomenal“, finalizou.

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