A nostalgia de Kevin Anderson: “Passava horas a folhear revistas sobre Lendl, McEnroe e Borg”

Kevin Anderson
Fotografia: New York Open Tennis

Da África do Sul para o Mundo. Enquanto adolescente, o contato de Kevin Anderson com o dia-a-dia do ténis era residual. Os grandes torneios e os ícones da modalidade figuravam como uma miragem inatingível, longe daquela que é a cultura do seu país. Por volta da altura que atingiu a maturidade, o então destemido jovem sul-africano fez as malas e rumou ao desconhecido. Tudo aquilo que até ao momento apenas assistia na televisão ou lia em revistas em breve tornar-se-ia a sua realidade.

Foi na rubrica My Story, do website oficial do ATP World Tour, que o jogador de 31 anos recordou todos estes momentos que marcaram o início da sua carreira. “Uma das maiores dificuldades foi que na África do Sul estávamos muito longe do mundo do ténis. Muita da informação que recebíamos era através de revistas ou acompanhando os Grand Slams na televisão. Não estávamos dentro desse meio”, começou por referir.

Foram precisamente as revistas e os livros, repletos de histórias fascinantes sobre os acontecimentos da modalidade, que maravilharam o pequeno “grande” petiz e o inspiraram a perseguir o sonho de se tornar jogador profissional. “Lembro-me que o meu pai guardava um conjunto de revistas e livros sobre ténis que eu folheava durante horas lendo sobre Lendl, McEnroe, Borg e as suas rivalidades“, recordou.

Kevin Anderson conquistou no passado domingo o seu 4.º título da carreira. Fotografia: New York Open Tennis

Apesar de a África do Sul estar bastante longe de ser considerada o epicentro do ténis mundial, Kevin Anderson reconhece que esse fato o ajudou a desenvolver uma competência essencial. “Acaba por nos fazer trabalhar ainda mais arduamente, porque não sabíamos como era nos outros países. Penso que isso instalou em mim, desde muito novo, uma forte ética de trabalho“, destacou.

O destino acabaria por levar Anderson até aos Estados Unidos da América, país que o fez um verdadeiro tenista de topo e onde venceu três dos quatro títulos que conquistou até ao momento. O restante e primeiro, remonta ao ano de 2011, onde se sagrou campeão na sua cidade natal de Joanesburgo.

O mais recente teve lugar no passado domingo na cidade de Nova Iorque, onde venceu a edição inaugural do New York Open, registo que o impulsionou até ao nono lugar da hierarquia mundial e que representa um novo máximo de carreira.

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