Nova Iorque: Kevin Anderson conquista primeiro título em dois anos e meio

Tal como no ATP 500 de Roterdão, a grande final da primeira edição do New York Open opôs o primeiro ao segundo cabeça de série e, tal como na decisão do torneio holandês, foi o mais cotado dos dois protagonistas a ficar com o título. Kevin Anderson levou a melhor sobre Sam Querrey para interromper um jejum de dois anos e meio sem conhecer o sabor de conquistar qualquer título.

A final do evento norte-americano prometia muito: não só havia apenas um lugar de diferença quanto aos rankings entre Anderson (11.º) e Querrey (12.º), precisamente os dois melhores jogadores teoricamente fora do top-10 mundial, como também havia vários aliciantes: o sul-africano estava numa série de três derrotas consecutivas em derradeiros encontros (inclusive já havia cedido na decisão deste ano da edição inaugural do ATP 250 de Pune para Gilles Simon), ao passo que o norte-americano se encontrava no sentido inverso, tendo ganho as últimas três finais que disputara.

Mas as estatísticas, embora relevantes, não deixam de ser isso mesmo: estatísticas. E foi isso que Kevin Anderson deixou claro na noite deste domingo ao ultrapassar uma desvantagem de um set a zero para superar com mestria o desafio constituído por Sam Querrey, por parciais de 4-6, 6-3 e 7-6(1), ao cabo de duas horas e catorze minutos de duelo, para se sagrar campeão do inédito ATP 250 que se realiza em courts pretos de piso rápido.

Motivado pelo facto de ter confirmado ontem, aquando da vitória sobre Kei Nishikori nas meias-finais, o regresso ao top-10 mundial pela primeira vez desde outubro de 2015 e também pela perspetiva de poder atingir mesmo a sua melhor classificação da carreira em caso de vitória na final, foi Anderson quem esteve quase sempre mais perto de fazer a diferença a partir do final do primeiro set.

Assim, e ainda que tenha tido algumas dificuldades para se superiorizar, a experiência do vice-campeão do último US Open acabou por ser preponderante rumo a um árduo triunfo sobre um Querrey que também procurava alcançar o seu melhor ranking de carreira em caso de vitória (11.º lugar, nesse caso).

Com o triunfo no evento nova-iorquino, Kevin Anderson faz o “dois em um”: assegura a subida à sua melhor classificação de sempre, o nono posto da hierarquia individual, e simultaneamente quebra um hiato de sensivelmente dois anos e meio sem erguer qualquer título do circuito ATP ao conquistar o seu quarto título à passagem da sua 15.ª final.

Já Sam Querrey, que disputava a primeira final do ano, manter-se-á na 12.ª posição e passa a deter agora um registo de 10 triunfos e oito desaires em embates decisivos do principal escalão do ténis mundial masculino.

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