FIGUEIRA DA FOZ — O Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis terminou no domingo com a segunda vitória consecutiva de Inês Murta, um resultado que deixou o treinador, André Podalka, satisfeito. Mas mais do que o resultado, foi a evolução que o impressionou — à semelhança do que já tinha acontecido na semana anterior.
“O que eu venho a trabalhar com ela são coisas mais específicas, o resultado acaba por vir como consequência. Nunca é fácil competir e ainda menos aqui em Portugal, porque há os nervos e várias emoções, então nunca conseguimos pôr totalmente à prova o que podemos ser e o meu papel principal é fazê-la quebrar essa barreira. Esta semana consegui ver isso a ser posto em prática e é o mais importante, por isso estou feliz”, revelou o treinador brasileiro, que faz parte da equipa técnica do CIF.
Sobre o estilo de jogo da pupila, André Podalka concordou que “ela tem de ser agressiva e isso é algo que temos trabalhado. Agora já tem um padrão e por cima do padrão é começar a meter as melhorias, um toque aqui e outro ali. Isso é importante, mas quero muito que ela tenha uma auto-confiança melhor e que consiga pôr isso em prática, porque depois os resultados aparecem. O mais importante é a forma como ela trabalha e o objetivo com que o faz, porque se não tens um propósito…”
“O ténis é um desporto que exige muito mentalmente, não é para muitos. Treinar é treinar, mas o jogo propriamente dito envolve emoções e uma pressão que não é para todos. E o meu papel é tentar fazer com que os jogadores desenvolvam essas capacidades. Tem pessoas que já nascem competidoras, outras têm mais dificuldades e eu tento quebrar um pouco essa barreira. Eu também não sou uma pessoa fácil, eles conhecem-me e sabem que às vezes treinar comigo é muito mais difícil do que estar lá dentro”, acrescentou, entre sorrisos.
Em jeito de conclusão, Podalka explicou que “em toda a competição que entro, entro para ganhar. Independentemente de ser um torneio WTA, ATP, um torneio da Federação, não interessa: a partir do momento em que estamos a competir vamos para ganhar, não há a mínima hipótese.”