Ano novo, vida nova. Alexander Zverev está finalmente a exibir-se como desde cedo prometeu num dos maiores torneios do calendário e esta segunda-feira qualificou-se pela primeira vez para os quartos de final do Australian Open, onde encontrou uma motivação extra para brilhar como nunca a este nível.
Na sessão noturna desta segunda-feira, o ex-campeão do Nitto ATP Finals derrotou o russo Andrey Rublev — a grande sensação do início de época, ao conquistar dois títulos em duas semanas e chegar a este encontro com 11 vitórias noutros tantos encontros — por 6-4, 6-4 e 6-4.
Mais do que a vitória, foi a exibição que impressionou: tal como nas rondas anteriores, Zverev deixou para trás o fraco nível que apresentou na ATP Cup (a que chegou debilitado) e elevou-se a um patamar até aqui nunca visto.
Não enfrentou um único ponto de break e converteu três dos sete que criou — um em cada parcial, mais do que suficientes para agarrar a vitória num encontro em que apontou o dobro dos winners do adversário (34-17) e menos erros não forçados (23-24) mas, sobretudo, uma solidez psicológica notável.
Se quando prometeu doar todo o prize money caso conquistasse o torneio esse parecia ser um dos cenários mais improváveis de toda a quinzena, com as quatro exibições (e quatro vitórias em parciais diretos) até aqui alinhadas Alexander Zverev começa a ter de ser considerado um sério candidato ao título.
Nos primeiros quartos da final da carreira em Melbourne, terceiros no cômputo geral (fê-lo por duas vezes em Paris, em 2018 e 2019), o número sete do ranking vai ter como adversário Stan Wawrinka.
O confronto direto entre ambos é totalmente favorável ao germânico, que venceu os dois encontros anteriores, mas se um deles sabe o que é brilhar na Austrália esse alguém é Stan Wawrinka, que em 2014 se catapultou para outro patamar ao sagrar-se campeão do torneio.
E o helvético também impressionou muito na jornada desta segunda-feira, em que derrotou Daniil Medvedev numa longa e entusiasmante batalha de cinco sets.
Atualizado às 10h59.