OEIRAS — Gastão Elias (198.º ATP) qualificou-se, este sábado, para a 20.ª final de singulares da carreira no circuito Challenger ao registar a quarta vitória da semana no Oeiras Open, mas quer mais e fez questão de o deixar claro na conferência de imprensa após a vitória por 6-3 e 6-3 sobre Alessandro Giannessi (174.º).
“Estou muito feliz por estar numa final e por ter feito boas exibições até agora. Estou a jogar a um bom nível e para além disso estou a conseguir fazê-lo com alguma consistência, o que talvez seja mais importante do que jogar a um grande nível, mas depois oscilar entre jogos. Estou bastante contente até agora, mas falta mais um encontro, portanto o trabalho desta semana ainda não acabou”, afirmou o tenista da Lourinhã, que se tornou no primeiro português a alcançar as duas dezenas de finais individuais a este nível.
Sobre a prestação deste sábado, a mais rápida da semana, Gastão Elias confessou que se sentiu confortável: “De um modo geral senti-me confiante e tranquilo nos meus jogos de serviço e nos dele ele não me causava muita mossa, portanto senti que podia jogar todos os pontos. Sabia que mais cedo ou mais tarde ia conseguir fazer um break ou dois e foi isso que aconteceu”.
Para além do nível que apresentou, o número três nacional também destacou as melhorias no plano físico: “Sinto-me muito melhor [em relação ao início da semana], apesar de sentir que o meu corpo ainda está um pouco estragado de tantas semanas consecutivas a sofrer com isto. Tenho dormido melhor nos últimos dias, mas hoje talvez esteja um pouco pior do que onte,. Acho que o encontro [da segunda ronda] com o Vavassori começou a afetar-me mais hoje do que ontem. Houve um momento em que me senti um pouco abaixo da energia necessária, mas consegui ir buscar as forças.”
“Zero surpreendido” com a chegada a mais uma final apesar dos primeiros resultados do ano terem ficado aquém das expetativas, Gastão Elias também demonstrou alegria com o número redondo que alcançou: “Não sei se isso [alcançar a 20.ª final] é bom, andar aqui nos Challengers, ter tantos títulos… (risos) Estou a brincar, obviamente é ótimo e é um recorde agradável de ter. Hoje em dia não é fácil conquistar Challengers, porque o nível está cada vez mais alto, portanto é bom saber que passados tantos anos ainda consigo bater-me com malta deste nível. E espero que a um nível acima também.”
Para transformar a 20.ª final no nono título, que lhe permitiria isolar-se dos amigos Rui Machado e Pedro Sousa e tornar-se no recordista português absoluto a este nível, Gastão Elias terá de passar por Nino Serdarusic, croata que ultrapassou Nuno Borges com os parciais de 6-2 e 6-3.
“Na última vez que defrontei o Nino perdi por 6-0 no terceiro porque não encontrei nenhuma solução para o jogo dele. Isso demonstra que tem um grande nível”, comentou, numa altura em que o croata e o português ainda duelavam no court central.