Stefanos Tsitsipas estava de tal forma concentrado no que tinha de fazer para quebrar o serviço a Benoit Paire que não se apercebeu do momento em que o fez e selou a vitória, mas o grego acabou por entender e celebrou efusicamente o regresso à quarta ronda do Australian Open.
Frente-a-frente com uma das maiores surpresas do torneio, Tsitsipas foi mais forte e venceu por 6-3, 7-5, 6-7(2) e 6-4 ao cabo de 2h45, num duelo que teve tudo para fechar em três partidas dado que em dois jogos diferentes dispôs de oportunidades para quebrar o serviço a Paire, que subiu mais de 40 vezes à rede ao longo de todo o duelo.
Apesar do percalço, foi uma vitória segura para o número quatro mundial, que apontou 47 winners, 26 erros não forçados e não cedeu nenhum jogo de serviço (aliás, só deixou para trás sete pontos disputados no seu primeiro set).
Ao contrário do que aconteceu quando alcançou as meias-finais em 2019 (Roger Federer) e em 2021 (Rafael Nadal), Tsitsipas não está em rota de colisão com nenhum elemento do Big Three — o espanhol é o único em competição e está na metade oposta do quadro.
Do mesmo lado do quadro que ele está, no entanto, o russo Daniil Medvedev, vice-campeão em 2021 e o grande favorito ao título na atual edição, mas para que esse duelo passe de hipotético a certo ainda muito tem de acontecer. No caso do grego, precisa de interromper a caminhada história do norte-americano Taylor Fritz (pela primeira vez nos oitavos de final de um torneio do Grand Slam) e, depois, superar um de quatro jogadores nos quartos de final: Pablo Andujar, Alex de Minaur, Taro Daniel ou Jannik Sinner.