Emma Raducanu fez história ao conquistar o US Open e automaticamente sentiu nos ombros o peso de expectativas descabidas, mas fez questão de enxotar as críticas para trás das costas no encontro que marcou a estreia no Australian Open.
Exatamente uma semana depois de ter sido arrasada no primeiro encontro de 2022, em Sydney, a britânica de 19 anos levou a melhor no encontro com Sloane Stephens (campeã do US Open em 2017) com os parciais de 6-0, 2-6 e 6-1.
Os parciais espelham com alguma clareza o que aconteceu dentro do court: o primeiro set foi totalmente dominado por Raducanu, que só precisou de 17 minutos (!) para se adiantar no marcador com a ajuda de sete winners (a adversária não apontou nenhum), mas depois Stephens reagiu e conseguiu dar outro ânimo ao encontro.
Os quatro breaks registados (três deles favoráveis à norte-americana) aconteceram em jogos decididos nas vantagens, pelo que Raducanu até teve hipóteses de ter um desfecho pelo menos mais composto, mas o poder ofensivo de Stephens — inexistente no primeiro parcial — impediu-a de sonhar com muito.
Até que na terceira partida o controlo voltou a pertencer à britânica. Ainda que de forma não tão esclarecedora, Raducanu fez praticamente o que quis do fundo do court, revelando apenas algumas dificuldades na leitura de jogo no momento de avançar no terreno para decidir na rede, e voltou a ser feliz.
A vitória desta terça-feira deu a Emma Raducanu a primeira vitória em torneios do Grand Slam enquanto campeã de um Grand Slam. E foi a primeira da jovem britânica no Australian Open, em que nunca tinha sequer competido.
Segue-se Danka Kovinic (99.º), de Montenegro.