76 minutos bastaram para Ashleigh Barty levar a melhor no duelo de campeãs de torneios do Grand Slam contra Angelique Kerber, por 6-2 e 7-5, e carimbar o apuramento para a final do WTA 1000 de Cincinnati, um dos torneios mais importantes do calendário e onde está a um passo de conquistar o primeiro título.
Um mês depois de ter saído por cima de uma meia-final equilibrada na relva de Wimbledon, a australiana voltou a levar a melhor sobre a alemã em duas partidas, desta vez no piso rápido do Ohio e num encontro com alguns altos e baixos que poderia ter decidido mais cedo.
Porque se o arranque do duelo foi equilibrado, a partir do 2-2 a variação imprevisível (que lhe é característica, mas ainda assim difícil de ler) permitiu a Barty fechar o primeiro parcial num ápice e adiantar-se rapidamente com um break no segundo. Aparentemente desanimada e sem soluções, Kerber revelou-se capaz de recuperar, devolveu por duas vezes as quebras de serviço da líder do ranking e até ameaçou passar para a frente do marcador ao 3-3 com alguns golpes ao seu melhor nível, mas Barty conseguiu recompor-se a tempo de somar a terceira vitória da semana — e todas em três sets.
Com o triunfo deste sábado, Ashleigh Barty ultrapassou Aryna Sabalenka para se tornar na líder de vitórias em 2021 (são já 39 contra apenas 7 desaires) e melhorou o impressionante registo em meias-finais: tem seis vitórias em seis oportunidades, pelo que no domingo estará a disputar a sexta final do ano e em busca do quinto título, depois de Melbourne, Miami, Estugarda e Wimbledon.
A adversária poderá ser precisamente a mesma que derrotou para erguer o troféu no All England Club, mas para isso é preciso que Karolina Pliskova confirme o favoritismo sobre Jill Teichmann, que na última madrugada surpreendeu a compatriota Belinda Bencic. Se o fizer, a checa alcançará a segunda final em duas semanas em torneios WTA 1000 (foi finalista vencida em Montreal, no Canadá, ao perder para Camila Giorgi).
