Através das redes sociais, Roger Federer repetiu um anúncio que se tornou demasiado frequente nos últimos tempos: o corpo não reage da forma pretendida e poucos dias depois de ter celebrado o 40.º aniversário o tenista suíço terá de ser operado ao mesmo joelho direito que em 2020 o levou por duas vezes à mesa de operações. O que se segue é uma incógnita, mas foi o próprio quem alertou, de imediato, que se seguem “muitas semanas com muletas” e, sobretudo, “muitos meses de ausência” do circuito.
Sem competir desde a semi-surpreendente derrota nos quartos de final de Wimbledon, Federer anunciou o que, no fundo, já estava iminente desde que há 10 dias retirou o nome dos ATP Masters 1000 de Toronto e Cincinnati, os dois principais eventos de preparação para o último torneio do Grand Slam da temporada, o US Open.
Mas a forma como o fez, cabisbaixo e com um tom inequívoco, impede que se faça qualquer prognóstico positivo: “Para me sentir melhor vou precisar de ser operado, por isso decidi fazê-lo. Vou estar de muletas durante muitas semanas e ausente durante muitos meses, o que vai ser difícil, mas ao mesmo tempo sei que é a decisão certa porque quero estar saudável, voltar a correr e dar a mim mesmo uma réstia de esperança de voltar ao circuito nalgum tipo de forma. Sou realista, sei o quão difícil é fazer outra cirurgia com esta idade, mas quero ser saudável.”
Com o anúncio, o US Open e a Laver Cup — torneio de exibição que ajudou a fundar — ficam naturalmente fora de cartas para Federer, que apesar de não o ter afirmado certamente não voltará a competir em 2021. Agora, e ainda que o regresso aos courts seja naturalmente um enorme desejo para terminar a carreira nos seus próprios termos, a recuperação a pensar na vida pessoal tem de ser a grande prioridade.