Gonçalo Oliveira: “Sou o melhor português da história que ainda não jogou a Taça Davis”

PORTO — Depois de começar a semana com uma vitória autoritária, Gonçalo Oliveira voltou a vencer para se qualificar para os quartos de final de singulares do Porto Open. Sob o olhar atento de familiares, o tenista portuense mostrou-se feliz com o momento de forma e as prestações na cidade que o viu nascer e até voltou a tecer comentários sobre a Taça Davis.

“Sou o melhor tenista português da história que ainda não jogou a Taça Davis, é um facto”, referiu após ser questionado sobre a possibilidade de representar o país. “Houve dois na história que tiveram melhor ranking do que eu em pares, no ativo sou o melhor e já há três anos que não saio do top 100, portanto não é uma coisa de hoje ou de ontem. Em singulares só 13 jogadores chegaram ao top 200 e eu sou um deles, tenho 26 anos enquanto os outros têm 30, 31, 32, são todos mais velhos, portanto seja hoje, amanhã ou daqui a dois anos a solução vai passar pelo [Frederico] Silva, por mim e pelo [Nuno] Borges. Não há muita escolha, portanto um dia vou ter de jogar. Estou tranquilo na minha posição, vou fazer o meu trabalho e quando me chamarem, se me ajudarem financeiramente e com wild cards, estarei disposto e vou até à Cochinchina para jogar Taça Davis. Se não houver esse apoio, logo se vê.”

Em relação ao encontro desta quarta-feira, que o viu derrotar Peter Polansky por 7-6(3) e 6-3, Oliveira ficou satisfeito com o nível apresentado: “Fiz um bom jogo. Não vou dizer que foi uma das minhas melhores exibições porque em Oeiras e nos EUA também fiz ótimos encontros, mas acho que foi um grande jogo. Aliás, a primeira ronda já tinha sido incrível, consegui tirar completamente o Nuno de jogo. Hoje foi mais difícil porque o Peter te um serviço e pancadas mais fortes, mas no geral foi muito positivo. Quando estou bem mentalmente e fresco fisicamente sou um jogador muito difícil de derrotar, mas claro que ao viajar tantas semanas sozinho resultados como as derrotas em Prostejov ou Milão podem acontecer.”

Em relação ao adversário dos quartos de final, que sairá do duelo entre Matteo Viola (260.º) e Sergiy Stakhovsky (242.º), o português de 26 anos não espera facilidades, mas mostrou-se otimista: “São dois jogadores bem diferentes, um com um estilo de serviço rede e o outro de fundo da linha e contra-ataque, mas se jogar e servir como hoje será difícil para qualquer um deles.”

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