Nuno Borges depois de mais uma vitória: “Ainda continua a ser um sonho, estou a tentar assimilar”

Millennium Estoril Open

Três dias, três vitórias: Nuno Borges continua a brilhar no Millennium Estoril Open e esta segunda-feira garantiu a presença na segunda ronda do quadro principal ao derrotar o número 61 mundial, Jordan Thompson, em mais um encontro que ficou concluído em dois sets.

O triunfo valeu ao atual campeão nacional a primeira vitória em quadros principais de torneios ATP (depois de já ter somado a primeira em fases de qualificação) e aumentou a sensação de se tratar de um sonho: “Ainda continua a ser um sonho, estou a tentar assimilar. Estou muito feliz e ainda custa a acreditar, mas tenho de acreditar porque é aqui que quero estar e são estes os jogos que mais quero jogar”, revelou, entre sorrisos, na conferência de imprensa.

“Ainda hoje parei para pensar que costumava ver estes jogadores na televisão e poder agora jogar contra eles parece mesmo fora do normal. Estou muito contente por estar aqui a competir e ainda mais por ter ganho, é sem dúvida muito especial”, afirmou o tenista maiato, que usou ainda o russo Aslan Karatsev como um exemplo de que é possível chegar ao topo mais tarde. “É um exemplo de que apesar de não ter chegado lá muito cedo, continua a ser possível. Comecei a minha carreira profissional um pouco mais tarde, mas há muitos jogadores que provam que é possível ser profissional depois de fazer o college, acrescentou.

Nuno Borges confessou ter sentido “mais o momento do que nos outros dias” e admitiu que o estilo de jogo de Jordan Thompson lhe causou maior desconforto. “Apesar da maneira dele jogar não ser típica de terra, se calhar causou-me mais desconforto do que o jogador de ontem”, disse Borges, que se recusou a escolher qual dos três encontros representou o maior desafio: “Foram todos peculiares da sua maneira e todos bastante desafiantes ao ponto de ter de jogar o meu melhor ténis para poder sair por cima”.

Sobre o medical timeout a meio do segundo set“Já tenho tido problemas com o joelho, é uma coisa que vai andando e eu tenho andado a gerir. Quando jogo um encontro destes, a carga é muita e preocupei-me naquele jogo de serviço. Senti mais dores em um ou dois pontos, mas não foi por estratégia. Teria pedido sempre, porque senti que estava na obrigação de pedir. Não queria piorar e depois prejudicar o meu jogo a longo prazo. Não tinha a ver com o momento do jogo, foi por precaução para garantir que o meu joelho estava bom para continuar”.

Na próxima ronda, Nuno Borges vai defrontar Marin Cilic ou Carlos Alcaraz. Apesar de ter uma ligeira preferência pelo croata “por tudo o que já fez”, o tenista da Maia disse ficar satisfeito com qualquer adversário e garantiu uma coisa: “Vou desfrutar ao máximo do encontro. É mais um [jogo] de sonho que posso aproveitar e dar o meu melhor”.

Notícia atualizada pela última vez às 19h11.

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