Anhelina Kalinina é a grande campeã do Oeiras Magnesium-K Active Ladies Open

OEIRAS — Anhelina Kalinina bateu Su Jeong Jang e leva para casa o troféu do Oeiras Magnesium-K Active Ladies Open, torneio que a Federação Portuguesa de Ténis e o CETO (Clube Escola de Ténis de Oeiras) organizaram do passado dia 18 de Abril até este domingo, 25 de Abril. A ucraniana, terceira cabeça-de-série, foi capaz de dar a volta a uma grande desvantagem no terceiro set para triunfar por 6-4,4-6 e 6-4.

Kalinina era a grande favorita para a final, não só pelo ranking (164 WTA, antiga 107, face ao posto 320 de Jang), mas sobretudo porque sábado precisou apenas de disputar a meia-final, que venceu confortavelmente, ao passo que a sul-coreana foi obrigada a vencer os quartos de final e a semifinal, num total de quase cinco horas em court, em virtude da forte chuva que se fez sentir na passada sexta-feira.

Durante praticamente parcial e meio sentiu-se que, com maior ou menor dificuldade, o último encontro do torneio iria ser vencido pela ucraniana, que liderou por 6-4 e 2-0, 30-0, e a partir daí baixou muito o nível e pareceu claudicar fisicamente. Jang, sempre consistente e lutadora, deu a volta ao embate, até liderar por 3-0, com duplo break de vantagem, no set de todas as decisões.

Kalinina voltou a puxar o ascendente para o seu lado, deu mais energia ao seu jogo e passou a ser mais dominadora novamente, invertendo uma desvantagem que parecia irreversível de ocorrer. No fim de contas, a tenista de 24 anos conquistou o 11.º troféu individual da carreira (na 20ª final), mas primeiro desde Junho de 2019.

“Foi um encontro de altos e baixos, ambas perdemos muitos jogos com boas vantagens. Foi uma montanha russa e estou chocada com o nível de ténis de hoje”, considerou Kalinina no final, em entrevista à Sport TV. Ainda assim, apesar de sempre referir estar insatisfeita com o seu ténis, a ucraniana leva coisas positivas destas duas semanas em Portugal (a semana passada foi semifinalista no torneio de 60.000 dólares realizado no Jamor). “Foi uma boa preparação e estou feliz por ter feito cinco jogos consecutivos, alguns em três sets.

Para a organização não faltaram elogios por parte de Kalinina: “Foi a minha primeira vez em Portugal e fiquei muito surpreendida com o nível de organização. O torneio tem tudo o que as jogadoras necessitam, tudo é muito simples e confortável. Estou muito feliz por ter jogado aqui”. Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, ouviu as palavras da campeã e ficou bastante lisonjeado. “É bom ter o reconhecimento dos jogadores pelo trabalho que temos feito. É gratificante para nós”, realçou o responsável máximo federativo, também à Sport TV, destacando a boa imagem da organização aos olhos das entidades da modalidade. “Está a ser um início de temporada com várias organizações de torneios e estamos muito felizes por conseguirmos dar a voltar a esta situação de pandemia difícil”, apontado agora baterias à competição de 25.000 feminina do Jamor (iniciada hoje), aos dois Challengers também no Estádio Nacional, em Maio, ao Porto Open, elevado este ano à categoria Challenger, e à qualificação para o Campeonato do Mundo por Equipas em cadeiras de rodas, em Maio, em Vilamoura.

João Cunha e Silva, diretor do torneio, não tem dúvidas em reconhecer este torneio que agora termina como “o melhor que alguma vez passou no CETO na vertente feminina, muito acima em relação ao nível habitual nas competições de 25.000 dólares”. O antigo 108 do ranking ATP não escondeu o orgulho. “Foi uma pena não ter havido público, mas o balanço é muito bom. Quero enaltecer o trabalho fantástico feito pela Federação Portuguesa de Ténis. Foi uma colaboração com o CETO perfeita e foi uma honra ter sido o diretor do torneio. O discurso da Kalinina foi o espelho de todo o feedback ao longo da semana das jogadoras e dos treinadores. Houve unanimidade em afirmar que para um torneio de 25.000 dólares houve uma organização magnífica”.

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