OEIRAS — Três longos anos depois, Gastão Elias colocou um ponto final no jejum ao apurar-se para a 18.ª final Challenger da carreira no primeiro Oeiras Open, torneio organizado pela Federação Portuguesa de Ténis no Jamor. Com a confiança em alta e as boas sensações de volta, o tenista português de 30 anos não hesita em considerar-se favorito, apesar de tecer elogios ao checo Zdenek Kolar, derradeiro adversário na primeira de duas semanas consecutivas com ténis masculino no Estádio Nacional.
“Estou feliz, obviamente. Não sei há quantos anos é que não chegava a uma final… [novembro de 2017]. Pronto, já lá vão três aninhos e alguma coisa. É ótimo, é sinal de que estou a melhorar e que estou saudável, portanto é ótimo, não há outra palavra para isso”, admitiu, no arranque da conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo por 6-3 e 7-5 sobre Evan Furness.
O encontro deste sábado foi o segundo entre Elias e o francês, que há cerca de um mês levou a melhor na final do ITF de 25.000 dólares de Vale do Lobo, no Algarve. Desta vez, a vitoria sorriu ao jogador da casa, que se sentiu sempre confortável: “Tinha mesmo a crença de que ele é melhor em piso rápido do que em terra batida e logo no início consegui confirmar isso e sentir que era eu o favorito para este encontro. Senti que ele não tinha assim nenhuma bola que me pudesse surpreender ou deixar em grandes dificuldades e senti-me praticamente no controlo de todos os pontos”, analisou o ex-top 60 ATP.
Superadas as quatro primeiras rondas, apenas um encontro separa Gastão Elias do oitavo título de singulares no ATP Challenger Tour — e nesse duelo terá como adversário o checo Zdenek Kolar, que já afastou os portugueses Nuno Borges (teve um match point na primeira ronda) e Tiago Cação (nos quartos de final). “Há um termo tenístico que utilizamos que é carraça. Ele é um jogador que não desiste, que luta sempre, que é forte fisicamente e sólido de ambos os lados. Não considero que tenha uma pancada fora do normal, estão todas à volta de um 7 numa escala de 0 a 10, o que faz com que se torne difícil encontrar pontos fracos, mas ao mesmo tempo deixa-te jogar e espero aproveitar-me disso para ser eu a pegar no ponto desde cedo e fazê-lo correr o mais possível.”
De volta aos bons resultados no “segundo escalão” do ténis mundial, o tenista português ainda não se sente a jogar o seu melhor ténis — mas isso deixa-o feliz porque, explica, “ter vitórias sem jogar o meu melhor ténis é ainda melhor do que tê-las porque estou a jogar mesmo bem”.
A final do Oeiras Open 1 está marcada para as 12h30 de domingo e será transmitida em direto pela Sport TV.