De regresso às meias-finais de um Challenger, Gastão Elias mostra-se confiante em relação ao próximo passo

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Depois de uma longa espera, Gastão Elias (358.º do ranking ATP) qualificou-se, esta sexta-feira, para as meias-finais de um torneio do ATP Challenger Tour pela primeira vez desde janeiro de 2019, no Oeiras Open. E em declarações após mais uma vitória — a terceira da semana nos courts de terra batida do Estádio Nacional — mostrou-se muito confiante em relação ao próximo passo, que o pode levar à final.

“Se conseguir meter o meu plano A em jogo acredito que tenho grandes hipóteses”, afirmou, como jeito de balanço, sobre o encontro de sábado com o francês Evan Furness (340.º ATP), que há cerca de um mês o derrotou na final do ITF de 25.000 dólares de Vale do Lobo.

Mais velho, mais experiente e mais titulado, Gastão Elias não atribuiu demasiada importância a esse primeiro encontro: “Sinceramente não o vou levar comigo para o campo amanhã, porque acho que se tratam de encontros e também de condições totalmente diferentes. Sinto que aqui as condições são melhores para mim e tenho a sensação de que o meu adversário é melhor em piso rápido pelo estilo de jogo que tem, com uma bola chapada e menos alta que aqui podem ser benéficas para mim.”

Já sobre o duelo desta sexta-feira, o primeiro da semana que resolveu em duas partidas, ao superar o eslovaco Alex Molcan com os parciais de 6-2 e 7-5, Elias mostrou-se satisfeito com a prestação: “Em termos físicos achei que ia estar pior do que realmente estava. Senti-me bastante bem e leve dentro do campo e comecei muito bem ambos os sets. Estava a ganhar com alguma margem e alguma facilidade, mas sentia que o encontro estava meio perigoso. É um jogador que já teve boas vitórias e alguns bons resultados, portanto sendo sincero até estava à espera que fosse mais difícil do que estava a ser até ao momento.”

Até que… “Ao 6-2, 4-1 ele mudou completamente o chip e passou a ser um jogador muito mais defensivo e cauteloso. Começou a errar muito menos, a dar menos pontos de graça e com jogadores assim torna-se perigoso, porque ficas num meio-termo em que não sabes se atacas mais ou se te manténs só consistente. É complicado, mas na parte final consegui simplificar as coisas e voltar a ser agressivo. De um modo geral senti-me sempre por cima e mais confortável do que nas rondas anteriores.”

As meias-finais de sábado serão as primeiras de Gastão Elias em torneios do ATP Challenger Tour desde janeiro de 2019 e permitem ao jogador português de 30 anos sentir que o trabalho está a ser bem feito: “É um bom resultado para ver que tenho sem dúvida nenhuma nível para estar aqui e agora é só aproveitar as oportunidades que me dão para sair definitivamente dos ITFs, ficar nos Challengers e depois dar mais um passo.”

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