A ausência de público trouxe ao Australian Open um ambiente pesado como ainda não se vira em Melbourne, onde desde o primeiro dia milhares de espetadores puderam acompanhar in louco toda a ação, mas para a grande favorita da casa, Ashleigh Barty, a festa continuou.
“Empurrada” para a Margaret Court Arena, a australiana de 24 anos derrotou a russa Ekaterina Alexandrova, por 6-2 e 6-4, para chegar pelo terceiro ano consecutivo aos oitavos de final do “Happy Slam”.
Se no encontro de quinta-feira Barty deixou o court com motivos para preocupação por causa de problemas físicos na coxa esquerda, este sábado regressou à ação com a parte superior da perna ainda ligada, mas já sem quaisquer dificuldades de movimentação. Livre de dificuldades físicas, a líder do “ranking” só teve de se desenvencilhar da adversária (32.ª classificada) e fê-lo com distinção, ao vencer os últimos seis jogos do primeiro set e os últimos quatro do segundo para inverter más entradas em ambos os parciais.
E se em 2020 recebeu indiretamente algumas críticas por terminar a época como líder do ranking apesar de não ter realizado qualquer encontro depois de fevereiro (foi uma das tenistas que beneficiou do congelamento dos rankings, uma vez que não perdeu, por exemplo, os 2.000 pontos relativos à conquista de Roland-Garros em 2019), em 2021 não há margem para quaisquer argumentações: Barty venceu os oito encontros que realizou até ao momento, quatro dos quais a caminho do primeiro título do ano.
Depois de atingir os quartos de final em 2019 e as meias-finais em 2020, Ashleigh Barty está pela terceira vez apurada para a segunda semana do seu torneio do Grand Slam. E até já conhece a próxima adversária: será a norte-americana Shelby Rogers (57.ª), que superou a 21.ª cabeça de série Anett Kontaveit por 6-4 e 6-3.