O caos instalou-se durante a última madrugada, quando foram reveladas novas medidas para quase 50 jogadores devido a três testes positivos à covid-19 na chegada a Melbourne, e por pouco o cenário não foi replicado em Adelaide, onde os melhores tenistas do mundo estão a fazer uma “quarentena à parte” e têm uma exibição marcada para o final do mês.
Novak Djokovic, Rafael Nadal, Dominic Thiem, Serena Williams, Naomi Osaka e respetivas equipas e parceiros de treino foram escolhidos pela Tennis Australia para esta segunda bolha, que surgiu pela necessidade de “desviar” pessoas de Melbourne, onde a capacidade total acordada com as autoridades australianas já tinha sido atingida. Como recompensa pelo risco envolvido para a cidade, foi criada uma exibição com todos, aos quais se juntará Ashleigh Barty, que por ser local está isenta do período de quarentena obrigatório.
Na ronda de testes obrigatória à chegada a território australiano, o preparador físico de Filip Krajinovic — escolhido por Djokovic para parceiro de treinos — testou positivo à covid-19 e fez soar o alarme em relação a uma eventual quarentena sem possibilidade de tempo no court para os melhores jogadores do planeta, tal como está a acontecer em Melbourne. Mas pouco depois foram detetados anticorpos no sangue de Agustin, que já tinha testado positivo à covid-19 a 24 de dezembro e cumprido a quarentena de 15 dias, pelo que se concluiu que já não há risco de contágio e a quarentena total foi descartada.
Assim, Djokovic, Nadal, Thiem, Williams, Osaka e respetivos parceiros de treino e equipas poderão continuar a treinar numa “bolha” que tem sido cada vez mais criticada, uma vez que os restantes jogadores, que estão em Melbourne, se queixam de desigualdades no tratamento entre tenistas.