Após quatro derrotas consecutivas em finais, o português Pedro Sousa voltou aos triunfos e logo em Portugal, ao sagrar-se vencedor da segunda edição do Maia Open, e não escondeu a alegria pelo feito.
“Estou aliviado porque tinha perdido as últimas finais, três delas em Challengers, e estava a ficar preocupado. Mas felizmente consegui aguentar a pressão”, começou por dizer o tenista de 32 anos em conferência de imprensa posterior à cerimónia de atribuição de prémios, garantindo, no entanto, que esses sentimentos não entram em court. “Durante o encontro só pensava no que tinha de fazer”.
Sobre o duelo face a Carlos Taberner, o agora detentor de oito títulos no circuito secundário enalteceu o início e os break points salvos a meio do terceiro set. “Fiz um primeiro set excelente mas sabia que o jogo ia apertar porque é impossível jogar uma final e achar que as coisas vão correr todas às mil maravilhas. Estava preparado para não aguentar aquele nível, que foi praticamente perfeito. Ele depois melhorou um pouco, eu também baixei um pouco o nível, com alguns nervos à mistura. Mas felizmente no terceiro set ainda fui a tempo de ganhar o encontro. Uma das principais chave foi aquele 15-40 a 2-2, onde fiz dois winners e um amortie. Joguei muito bem aí, mais por instinto, apressei os pontos mas foram com determinação e a partir daí joguei muito bem”.
Seguem-se alguns dias de férias antes de um início de preparação ainda totalmente incerto face a tudo o que anda está por decidir no circuito mundial da modalidade. “Em princípio vou ficar à porta do Open da Austrália, mas o mais importante era ganhar aqui e fazer o meu trabalho, que não podia ter feito melhor. Agora é esperar”, salientou, sem antes referir o que pretende do próximo ano. “Quero consolidar-me no top 100 e jogar os maiores torneios mais regularmente, bem como ir ao Jogos Olímpicos”.
Para já, com a vitória no Maia Open, Pedro Sousa tornou-se no português com mais títulos no Challenger Tour, em igualdade com os oito triunfos do seu técnico Rui Machado. “Vamos fazer outra aposta para o ultrapassar”, disse, bem-disposto.