Pedro Sousa: “Estou com algumas dificuldades em manter-me na frente, é o que tenho de melhorar”

Beatriz Ruivo/Lisboa Belém Open

LISBOAPedro Sousa (111.º do ranking mundial) somou, esta quinta-feira, a segunda vitória nos courts de terra batida do CIF que tão bem conhece para chegar pela terceira vez em três participações aos quartos de final do quadro principal de singulares do Lisboa Belém Open, onde procura o oitavo título da carreira no ATP Challenger Tour.

O tenista lisboeta de 32 anos confirmou o favoritismo e deixou pelo caminho o francês Hugo Grenier, tenista do qual, apesar de ocupar uma posição bem diferente da sua no ranking ATP (é o 248.º), já esperava dificuldades: “Já tinha jogado com ele em Split e foi mais ou menos igual, um jogo bastante duro. Ele não tem uma pancada que faça uma grande mossa, mas é muito sólido, chega a bastantes bolas e tem um bom primeiro serviço“, começou por referir em conferência de imprensa.

Num encontro em que desperdiçou uma vantagem de 4-1 com dois breaks no primeiro set, Sousa referiu que “fiquei um bocadinho mais tenso, hoje não estava a servir tão bem e a bola também estava bastante pesada, porque jogar ao fim da tarde é bastante diferente da hora a que fiz o meu primeiro jogo. Também havia uma grande zona com sombra e depois outra com sol, não estava fácil de jogar, mas felizmente consegui dar a volta. Entrei muito sorte no segundo set e acho que isso acabou por fazê-lo baixar a cabeça e tornou o encontro mais fácil.”

Ao longo das duas primeiras rondas no Lisboa Belém Open, o número dois nacional queixou-se da falta de consistência que tem sido evidente ao longo das últimas semanas quando está na frente do marcador e na conferência de imprensa explicou a frustração: “Quando estou à frente no marcador estou com algumas dificuldades em manter-me assim, a acelerar muito a bola e a cometer alguns erros. Já em Split senti o mesmo e foi disso que me queixei. Acho que é a única coisa que tenho a melhorar, porque do fundo do court estou a sentir-me bem.”

Quanto a levar para casa o mais desejado dos troféus — ainda para mais no torneio que joga verdadeiramente em casa —, Pedro Sousa prefere adiar essa conversa: “Ganhar o torneio é sempre o mais complicado, é uma junção de bastantes coisas. O nível está bastante forte, todos os jogadores podem complicar-nos a vida, mesmo os que têm o ranking mais baixo. Hoje foi prova disso, podia muito bem ter perdido o primeiro set e aí o encontro teria sido diferente. O nível é forte e todos os jogos são complicados. Amanhã vem mais um e não vale a pena estar a pensar na final quando ainda estou nos quartos de final.”

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