LISBOA — Sem público, mas novamente reunido com o pai em torneios, Gonçalo Oliveira classificou como fundamental ter voltado a contar com o apoio de quem o melhor o conhece para dar a volta e carimbar uma das melhores vitórias da carreira rumo à segunda ronda do quadro principal de singulares do Lisboa Belém Open, torneio do ATP Challenger Tour onde foi o primeiro tenista português a vencer.
“Se estiver a perder sozinho por 6-1 é diferente, com alguém a puxar por mim é mais fácil ganhar forças e voltar ao jogo e hoje tinha cá o meu primo e o meu pai, que não viajou comigo para os outros torneios”, contou o tenista português, número 285 de singulares e 81 de pares, que não jogava em Portugal desde a edição de 2018 do Lisboa Belém Open, há dois anos e meio.
“Nunca foi por não querer vir, mas sim por estar muito longe nas semanas anteriores ao torneio. Então optei por fazer viagens mais curtas e jogar torneios onde era cabeça de série”, explicou Oliveira, que não escondeu a alegria que sente por estar de volta a Portugal. “Fiquei muito contente por estar cinco meses em casa, algo que já não acontecia há muito tempo. Comecei a viver uma vida normal, como todos vocês, a ter as minhas rotinas e isso soube-me muito bem”, contou aos jornalistas.
Sobre o encontro com Blaz Rola, o jogador português de 25 anos explicou que “no primeiro set comecei muito mal, a falhar muitas bolas que não devia ter falhado e a dar pontos de graça, mas no segundo consegui fazê-lo ganhar e ter de lutar para ganhar os pontos. Foi isso que mudou e depois comecei a ganhar confiança nas pancadas e pus-me novamente em jogo. As condições não eram fáceis, o court tinha muitas zonas com sombra que faziam com que fosse difícil ver a bola, mas estou contente por entrar bem no torneio.”
Apurado para a segunda ronda do quadro principal de singulares, Gonçalo Oliveira nem estava a contar só se estrear esta segunda-feira: “Na sexta-feira estava pronto para jogar o qualifying, nem sabia que o meu pai tinha pedido um wild card e agradeço ao Manecas [Manuel de Sousa, diretor do Lisboa Belém Open] o convite. Foi simpático da parte dele e para mim é bom porque foram dois jogos que não tive de jogar.”