Kristina Mladenovic deixou escapar uma vitória que parecia certa e despediu-se do US Open, deixando muitas críticas aos responsáveis do torneio depois de ter vivido “dias infernais” na bolha sanitária instalada na cidade de Nova Iorque, uma das mais afetadas pelo novo coronavírus.
Número 44 mundial, a francesa liderou por 6-1, 5-1 e no jogo seguinte dispôs de quatro match points, mas não conseguiu segurar a vantagem e acabou por perder por 6-1, 6-7(5) e 0-6 para Varvara Gracheva, a 102.ª colocada no ranking.
No final, culpou os nervos pela derrota e não poupou nas críticas: “Estava a jogar bem, mas sentia-me no limite. Estão a forçar-nos a passar por uma situação abominável. Quero a minha liberdade de volta, sinto que somos prisioneiros”.
Atualmente com 27 anos, Mladenovic foi uma das jogadoras a estar em contacto próximo com Benoit Paire, que acusou positivo num teste à covid-19 no sábado, e por isso nem deveria ter competido no US Open, mas a USTA recuou nas próprias regras e permitiu à francesa, e a outros jogadores na mesma condição (entre os quais o vice-campeão Daniil Medvedev e Richard Gasquet), irem a jogo desde que concordassem com um protocolo ainda mais restrito.
Entre as novas regras, que resultaram numa “bolha dentro da bolha”, ficou estipulado que os jogadores teriam de realizar um teste por dia e ser acompanhados sem exceção, estando impedidos de frequentar todas as áreas onde se possam cruzar com outros companheiros de profissão — incluindo os espaços ao ar livre no recinto do torneio, mas também as áreas de acesso ao hotel.