O primeiro dia de Wimbledon foi recheado de surpresas e a eliminação de Stefanos Tsitsipas foi uma delas, com o tenista grego a não resistir a uma batalha de cinco partidas e a despedir-se de um torneio do Grand Slam na primeira eliminatória pela primeira vez desde janeiro de 2018.
Na conferência de imprensa, o atual número seis do mundo foi peremptório: “Ele jogou melhor do que eu. Não mereci a vitória, mesmo que tivesse ganho não o merecia, porque não joguei bem. Dou-lhe crédito porque foi o melhor e, aliás, pela forma como joguei até devia ter perdido em três sets, não em cinco. Não sei como é que cheguei ao quinto, suponho que pelo meu espírito de lutador.”
“Não consegui nem aproximar-me do nível a que joguei no ano passado”, acrescentou o jovem tenista de 20 anos, natural de Atenas.
Aos jornalistas, Tsitsipas também revelou que a preparação para o torneio foi recheada de dúvidas. “Senti muitos medos e durante os treinos lutei contra várias coisas. Isso nunca me acontece numa sessão de treinos, mas estava tão frustrado e sem saber o que fazer e se as coisas iam funcionar… Ontem no treino estava muito chateado comigo mesmo e fiz uma coisa que raramente faço em campo — parti uma raquete. Isso fez-me sentir terrivelmente mal. Sentia que não estava a jogar bem durante o treino e tinha curiosidade de saber se o conseguia alterar a tempo de hoje, mas não foi possível. Não sei o que foi mas suponho que tenha sido algo mental, às vezes perco a minha coordenação.”
Novamente chamado a falar sobre os Big Three — Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic —, o campeão do Millennium Estoril Open comentou que “eles foram muito consistentes desde uma tenra idade, sempre se conseguiram dar bem semana após semana, sem quebras importantes, que é o que falta aos jogadores da Next Gen, eu incluído. Somos muito inconsistentes entre semanas e o meu objetivo para este ano é ser o mais consistente possível. No ano passado tive um grande ano mas com muitos altos e baixos.”