Quando, no final do mês de dezembro, a organização do Australian Open anunciou que os sets decisivos seriam decididos num super tie-break (à melhor de 10 pontos e não sete, como o tie-break tradicional), já se sabia que seria uma questão de tempo até aparecer a primeira celebração antecipada — mesmo se os árbitros têm por hábito avisar as jogadoras quando se chega ao 6-6 no marcador.
E não foi preciso esperar muito: na madrugada desta segunda-feira, logo num dos primeiros encontros do torneio, a britânica Katie Boulter (97.ª) celebrou euforicamente a suposta vitória sobre a ex-semi-finalista Ekaterina Makarova. O problema? O marcador apontava, precisamente, 7-4. Quando se apercebeu, a talentosa jogadora britânica — que em 2018 jogou alguns torneios ITF em Óbidos — não escondeu o sorriso e, até, algum embaraço.
When you think you've won the final set tiebreak but forget it's first to 10.
For the record, @KatieBoulter1 eventually advances to the 2R, def. Ekaterina Makerova 6-0 4-6 7-6(6).#AusOpen pic.twitter.com/jK2jtCEHBZ
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 14, 2019
Para sua sorte, o momento acabaria por chegar e não muito depois: ao 9-6, Boulter bateu um winner de direita que lhe deu a verdadeira vitória, também bastante celebrada e, por sinal, histórica — foi o primeiro encontro a decidir-se sob o novo formato.
She’s done it – and what a reaction! 🙌@KatieBoulter1 is through to Round 2 – ice cold in the heat!
👏 👏 👏 👏 👏 pic.twitter.com/pJsyStTiGg— Eurosport UK (@Eurosport_UK) January 14, 2019
No final do encontro, Katie Boulter não escondeu que “provavelmente teria ficado muito devastada se depois do que aconteceu não tivesse conseguido vencer. Felizmente agora posso rir-me disso e já sei a regra por isso tenho a certeza de que não vai acontecer outra vez.”