Por esta ninguém esperava: Federer surpreendido na 4.ª ronda do US Open

Roger Federer
Fotografia: USTA/Brad Penner

Surpresa a abrir a sessão noturna, surpresa a fechar. Depois de Maria Sharapova, também Roger Federer ficou pelo caminho (3-6, 7-5, 7-6[7] e 7-6[3]) numa madrugada “de loucos” para os dois ex-campeões, que foram incapazes de carimbar o apuramento para os quartos de final do US Open.

Claro favorito, o tenista suíço de 36 anos entrava em campo com os olhos e atenções de todos já postos num mais do que provável duelo com Novak Djokovic nos quartos de final. Erro número 1, porque pelo caminho do por cinco vezes campeão ainda havia o modesto mas muito lutador John Millman.

O segundo erro foi pensar-se que o primeiro set tão relaxado significava uma machadada final no rumo do encontro. Porque depois de entrar muito bem no encontro — quebrou logo a abrir e num piscar de olhos fez o 6-3 –, o número 2 mundial foi perdendo gás, foco e soluções.

“Tive dificuldades em lidar com as condições de jogo, foi uma das primeiras vezes em que isso me aconteceu mas comecei a suar cada vez mais e isso fez-me perder energia”, viria a explicar mais tarde em conferência de imprensa. As dificuldades de um significam uma janela de oportunidade para o outro e Millman, o número 55 do mundo que já teve muitos problemas com lesões e há quatro anos chegou a abandonar o top 1000, aproveitou-a de forma a sair de Nova Iorque com a exibição da sua vida.

Ao fim de 3h34, o tenista “aussie” contabilizava 47 winners e apenas 28 erros não forçados, sobretudo se comparados com os incríveis 77 (!) de Roger Federer, que esteve longe dos seus melhores dias e perdeu, nos detalhes dos tiebreaks, a oportunidade de desforrar a derrota na final de Cincinnati para Novak Djokovic, naquele que seria o encontro mais aguardado dos quartos de final.

O resto é história: aos 29 anos, John Millman está pela primeira vez nos quartos de final de um torneio do Grand Slam, tem o melhor ranking da carreira garantido (Será, pelo menos, o 37.º na próxima atualização) e vai tentar o impossível pela segunda vez consecutiva, quando medir forças com o tenista sérvio (no único confronto entre ambos, já este ano, Djokovic venceu por confortáveis 6-2 e 6-1 na relva do Queen’s Club).

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