Muito se tem discutido acerca do novo formato da Taça Davis concebido através da parceria entre a Federação Internacional de Ténis e a Kosmos (grupo liderado pelo famoso futebolista Gerard Piqué). Se a maior parte dos jogadores de topo concordaram com as alterações propostas — regozijando-se pelo fim das pausas no calendário –, outras personalidades ligadas ao ténis alegaram uma desvirtuação do espírito que tanto caracteriza a maior prova de seleções do mundo.
Esta quarta-feira foi divulgado um argumento que promete desequilibrar (ainda mais) os pratos da balança. Segundo informações recolhidas pelo jornal espanhol As, o total em prémios do novo torneio ascende aos 23 milhões de euros, dos quais 15,34 serão distribuídos pelos 72 atletas em prova e 7,68 pelas respetivas federações.
Ainda dentro da larga fatia destinada aos jogadores, as 18 equipas presentes na fase grupos irão dividir um total de 515.000€, sendo que o prémio aumenta nas etapas posteriores (quartos de final, meias finais e final), culminando nos 2,1 milhões arrecadados pelos eventuais campeões.
A confirmar-se, os valores apresentados representarão uma subida exponencial dos prémios atribuídos aos países em competição na Taça Davis. Atualmente, embora a ITF não divulgue dados concretos, sabe-se que as seleções arrecadam uma percentagem das receitas provenientes de publicidade e direitos televisivos, com qualquer cachê extra a ser negociado diretamente entre a federação e o atleta.
Recorde-se ainda que esta proposta altamente revolucionária encontra-se pendente de uma última votação, a realizar-se em Assembleia entre os dias 13 e 16 de agosto na cidade norte-americana de Orlando, na qual necessita de dois terços dos votos a favor.