Novak Djokovic dificilmente poderia ter desejado um encontro mais tranquilo que o desta segunda-feira no All England Club, atendendo à fase da competição e ao nível dos tenistas que nela ainda subsistem. O tenista sérvio “despachou” Karen Khachanov em sets diretos para inscrever o seu nome no top-8 da 132.ª edição de Wimbledon.
Frente a frente pela primeira ocasião nas respetivas carreiras, o ex-número um mundial demonstrou que a experiência é um factor decisivo nestas andanças, ainda para mais nos momentos decisivos de um torneio do Grand Slam como representa a segunda semana da quinzena, e com naturalidade obteve uma vitória “sem espinhas” sobre o jovem talento russo cifrada nos parciais de 6-4, 6-2 e 6-2, em uma hora e 49 minutos.
Curiosamente, foi na primeira partida, quando se poderia pensar que essa seria a altura em que mais nervoso estaria por força da ocasião e do que estava em jogo, que Khachanov mais perigoso criou a Djokovic, tendo inclusivamente quebrado o serviço do sérvio duas vezes.
Porém, foi “sol de pouca dura” na medida em que de imediato, em ambos os momentos, o jogador oriundo de Belgrado, de 31 anos de idade, devolveu o break e depois, astuto como sempre e a sentir o cheiro da presa, quebrou o serviço do número 40 ATP quando este servia para se manter no set.
A partir daí tudo se desmoronou para o moscovita de 22 anos, que não mais foi capaz de ombrear com o antigo tricampeão do Major britânico (2011, 2014 e 2015). Embora de tudo tenha tentado para impedir o ascendente do atual 21.º do ranking, a verdade é que Karen Khachanov pura e simplesmente não conseguiu encontrar antídoto para causar moça ao jogo do 12.º pré-designado, que acabaria por cimentar a sua liderança e caminhar tranquilamente para o triunfo.
Com nova vitória, Djokovic repete, para já, o resultado averbado no ano passado em SW 19 e também recentemente em Roland Garros (foi quartofinalista) e irá agora em busca de uma vaga nas meias-finais diante do sempre difícil Kei Nishikori.
Por concluir ficou apenas o embate que opõe Juan Martín del Potro a Gilles Simon: o argentino liderava por 7-6(1), 7-6(5) e 5-7 quando a ação foi interrompido devido à falta de luz natural que permitisse a continuidade do compromisso.
