Em outubro, a separação surpreendeu o mundo. Magnus Norman, um dos principais responsáveis pela ascensão de Stan Wawrinka ao estatuto de um dos melhores jogadores do século — e um dos poucos a conseguir intrometer-se entre os Big Four –, optou por seguir um caminho diferente. E não tardou até que o tenista suíço classificasse a decisão como “uma deceção” e “um choque”.
Agora, menos de um ano depois, parece estar tudo pronto para que os dois voltem a trabalhar juntos. Em Roland Garros para acompanhar os tenistas suecos que estão a competir no torneio de juniores, o técnico deu uma entrevista ao jornal suíço Tages Anzeiger na qual fala dos planos para os próximos tempos.
Apesar de contratualmente ainda nada estar acertado, o treinador de 42 anos confirmou que vai acompanhar o tenista, de 33, na relva do Queen’s Club e, depois, em toda a temporada de piso rápido nos Estados Unidos da América, incluíndo o US Open. É aí, aliás, que Norman acredita que “o Stan já deve estar de volta a um bom nível.”
Quanto a Wimbledon, o técnico — que não estará presente porque já tinha reservado as duas semanas para passar férias com a sua família — espera que esse seja um palco onde Wawrinka ainda sofrerá algumas dores no joelho, a parte do corpo que o obrigou a uma longa paragem na última época e fez com que descesse do 3.º para o 262.º lugar do ranking (esta semana é o 30.º, mas vai perder os pontos relativos à final de Roland Garros, ficando apenas com 210).
Desta forma, está confirmado o regresso daquela que foi uma das muito poucas parcerias a conseguir singrar ao mais alto nível numa década marcada pelo claro domínio dos Big Four. Quando tinha 29 anos, em 2014, Wawrinka conquistou o seu primeiro título em torneios do Grand Slam, no Australian Open, a que se seguiram, depois, as vitórias em Paris (2015, tendo ainda chegado à final de 2017) e US Open, já em 2016.
O suíço fez também parte da equipa que ganhou a Taça Davis, em 2014, e tem como melhor registo no ranking ATP a chegada ao terceiro posto, no mesmo ano.