Kei Nishikori foi um dos protagonistas de um dos cinco encontros decididos numa quinta partida, num dia cheio em Roland Garros. O japonês despedaçou o coração da esmagadora maioria do público presente no court Philippe-Chatrier, ao derrotar o francês Benoit Paire. E reconheceu, posteriormente, que ainda precisa de melhorar muito se quiser ter aspirações no torneio.
“Não foi um encontro fácil, pois ele é um jogador com um vasto leque de pancadas. Houve muitos altos e baixos e eu não joguei a 100%, mas nos pontos importantes consegui fazer o que tinha a fazer”, salientou em conferência de imprensa.
A clara manifestação de apoio do público a Benoit Paire não foi nada que Nishikori não esperasse, até porque, segundo deu conta, já se viu envolvido em ambientes mais adversos. “Não foi assim tão mau”, brincou o 21.º classificado do ranking, que acrescentou: “Já defrontei vários tenistas franceses e sei que o ambiente podia ter ‘aquecido’ ainda mais. Ao longo do tempo fui aprendendo a concentrar-me mais no meu jogo”.
Numa análise mais objetiva ao embate, Nishikori evidenciou o nível exibido no quarto e quinto sets, ao mesmo tempo que alertava para a necessidade de jogar melhor nas próximas rondas. “No segundo e terceiro sets, joguei algumas bolas mais curtas e ele pressionou-me mais nos jogos de serviço, pelo que tentei ser mais agressivo. Nos parciais que se seguiram, joguei novamente a um nível satisfatório. Mas se quiser chegar à segunda semana, preciso de jogar melhor”.
Depois de Maxime Janvier e Benoit Paire, o antigo número 4 do mundo vai voltar a medir forças com um tenista francês, desta feita o veterano Gilles Simon, que eliminou o norte-americano Sam Querrey em quatro partidas.