Já lá vão 30 anos desde que uma final de singulares masculinos de Roland Garros teve como um dos protagonistas um tenista da casa. O último a consegui-lo foi Henri Leconte em 1988, que na altura foi derrotado por Mats Wilander em três sets.
Para o francês, o facto de mais nenhum jogador gaulês ter igualado tal feito está na mentalidade e preparação que os próprios fazem para a mais importante prova de ténis disputada em terra batida.
“Não temos nenhum jogador francês verdadeiramente preparado ou determinado para fazer algo em Roland Garros. Dizer é uma coisa, mas organizar é outra. É um privilégio ter um torneio em casa, é aqui que tens de te superar. É claro que há imensa pressão, haverá sempre perigos, lesões. Todos os anos se repetem”, constatou o ex-número 5 mundial em declarações ao jornal Sud Ouest.
“Eles devem ouvir os seus corpos, ter uma visão a longo prazo, ter fome de devorar a bola. Digo devorar porque no fim quem morde a Taça é sempre o Rafa. Eles ainda não perceberam como o fazer. Quebram mais mentalmente do que fisicamente”, afirmou o agora comentador do Eurosport sobre o assunto.