Kevin Anderson: “O ténis na África do Sul tem tido algumas dificuldades ao longo da última década”

Kevin Anderson MEO II

ESTORIL O quadro principal desta 4.ª edição do Millennium Estoril Open teve início nesta segunda-feira e, com ele, começam já a avistar-se no Clube de Ténis do Estoril algumas das principais figuras do ténis mundial. Entre eles destaca-se Kevin Anderson: número 8 do ranking mundial, primeiro cabeça de série da prova e jogador que tem em vista o troféu de campeão do maior torneio de ténis jogado em Portugal.

Atualmente um dos nomes mais sonantes do circuito mundial, Kevin Anderson começou por competir no circuito universitário norte-americano, o qual teve um impacto muito relevante na carreira que construiu até hoje. “Tinha 18 anos, não estava pronto para me tornar profissional, portanto essa estadia pela faculdade deu-me mais alguns anos para evoluir o meu jogo, para crescer enquanto pessoa e penso que foi um passo muito importante para mim”.

Em declarações exclusivas ao Raquetc, o sul-africano confessou também que “o ténis na África do Sul tem tido algumas dificuldades ao longo da última década”. Isto porque “o ténis é um desporto muito internacional e infelizmente não existem muitos eventos internacionais na África do Sul”, sendo necessário viagens longas e dispendiosas para competir a esse nível, razão que motivou a sua mudança para a cidade norte-americana de Illinois, explica.

No entanto, Kevin Anderson sente que esse cenário tem começado a mudar lentamente nos últimos anos. “Nos últimos anos têm aparecido alguns bons jogadores, o LLoyd Harris [venceu recentemente os torneios Future de Vilamoura e Lisboa] é o mais promissor neste momento, tem tido alguns resultados bastante bons portanto tenho esperança que daqui a cerca de um ano ele se junte a mim em mais torneios deste calibre”, confessa.

No entanto, será ainda necessário algum tempo “até vermos muitos mais profissionais da África do Sul no lote dos tenistas mais cotados do mundo”. Mas o primeiro cabeça de série do ATP 250 do Estoril tem esperança de que “nos próximos 10 ou 15 anos se vejam mais jogadores sul-africanos no topo do ténis mundial, tanto masculino como feminino”.

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