O sonho que agora é uma realidade: John Isner campeão em Miami no adeus a Key Biscayne

John Isner

Diz o ditado que o sonho comanda a vida e que melhor frase do que essa há para iniciar um texto sobre uma vitória histórica de John Isner? Nenhuma, quer-nos parecer. Porque o que o norte-americano de 2,08m fez este domingo foi precisamente converter um sonho numa realidade, ao sagrar-se campeão do Miami Open para erguer o troféu mais importante da carreira. E logo em casa. E logo no adeus a um palco com tanta história.

Num dia de tudo ou nada, Alexander Zverev, o jovem alemão de 20 anos — o mais novo, dotado e talentoso dos dois –, tentava fazer a festa num torneio Masters 1000 pela terceira vez na carreira; já o norte-americano, de 32, procurava o primeiro título em eventos da categoria. E do nada uma final que parecia vir a ter pouca história transformou-se num verdadeiro espetáculo, recheado de momentos inesperados e repletos de tensão.

Senão vejamos: depois de um começo morno, o jogador da casa “deu a volta” ao resultado que se tornou desfavorável no tiebreak do primeiro parcial para vencer por 6-7(4), 6-4 e 6-4 e assim fazer a festa com os mais de 13.800 espetadores que esgotaram o court principal de Key Biscayne na despedida ao icónico recinto.

Porque Zverev, que no ano passado tinha derrotado Novak Djokovic e Roger Federer para vencer os seus primeiros títulos em Masters 1000, teve as “ganas” necessárias para vencer naquela que habitualmente é a zona de conforto de Isner (o tiebreak) mas não no resto, acabando por perder o serviço em momentos decisivos e, pouco depois, cada um dos seguintes parciais.

Porque o dia é de John Isner, é dele que falamos daqui para a frente: depois de três finais perdidas (todas elas contra membros do chamado Big Four — primeiro perante Rafael Nadal, depois Roger Federer e, por último, Andy Murray), o tenista natural da Carolina do Norte conquista, aos 32 anos, o troféu mais importante da carreira.

E logo num ano que ficará para sempre para a história, por ser o último em que o Miami Open se realiza em Key Biscayne: a partir de 2019, será jogado no estádio dos Miami Dolphins, passando de um paraíso natural para um parque de estacionamento anexado a um estádio de futebol norte-americano (que albergará o court central, enquanto os restantes serão construídos precisamente onde nos dias de hoje os veículos são estacionados).

Do alto dos seus 2,08m, o norte-americano pode agora respirar de alívio e juntar o nome a um restrito grupo de jogadores a ter conquistado pelo menos um título em Masters 1000, algo que ajuda a completar um dado no mínimo curioso: esta é a primeira vez em 28 anos que os torneios de Indian Wells e Miami são ganhos por tenistas que até então não contavam com nenhum desses troféus no currículo, dado o domínio de Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka nos últimos anos.

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