No domingo de Páscoa foi John Isner quem colheu o maior ovo de todos: o troféu de campeão do Miami Open. Dono e senhor de uma já longa carreira recheada com 12 títulos em provas ATP – 10 das quais em solo norte americano -, o “gigante” de Greensboro podia relaxar à sombra da sua repleta sala de troféus.
Mas engane-se quem pensa que foi esse o caso. Já instalado nos 30s, o atual número 17 da hierarquia mundial não abdicou do sonho e perseguiu com todas as suas forças a conquista de um dos grandes torneios do circuito. O ditado “nunca é cedo para aprender” pode muito bem, neste caso, ser retocado para “nunca é tarde para vencer”. Isto porque, à beira dos 33 anos (completa-os no presente mês de abril), Isner preenche a grande lacuna no seu currículo, tornando-se no jogador mais velho de sempre a vencer o seu primeiro Masters 1000.
E, claro está, mais um vez em casa, “vingando” assim duas das suas três finais perdidas em provas desta categoria: Indian Wells (2012) e Cincinnati (2013). Para trás, no que concerne este registo, deixa o croata Ivan Ljubicic, que se estreou a triunfar em Masters 1000 à porta dos 31 anos.
Um oásis no que toca a vitórias de norte-americanos em Masters 1000
O triunfo histórico de Isner torna-se particularmente relevante ao se analisar os sucessos recentes (ou a falta deles) do ténis norte-americano. Ora, observando o período de 2009 até ao presente, chega-se à conclusão que existiram somente 3 conquistas por parte de tenistas norte-americanos nos torneios mais cotados do circuito: Andy Roddick em Miami (2010), Jack Sock em Paris (2017) e finalmente John Isner em Miami (2018).