Em casa, outra vez: Sloane Stephens reapareceu em Miami e só parou com o troféu nas mãos

Sloane Stephens
É o segundo maior título da carreira da ainda muito jovem tenista norte-americana / Fotografia: Miami Open

Foi preciso esperar seis meses, mas aí está ela de novo: Sloane Stephens, que em setembro último se sagrou campeã do US Open, reencontrou este domingo o sabor dos grandes resultados ao derrotar Jelena Ostapenko para se sagrar campeã do Miami Open, que se despede de Crandon Park com uma vitória que fica “em casa”.

Porque ao triunfo em Nova Iorque se seguiram nove desaires consecutivos (só voltou a ganhar um encontro no torneio de Acapulco, já na última semana de fevereiro), o regresso de Sloane Stephens aos Estados Unidos da América era aguardado com expetativa mas, também, bastante precaução. Mas a jogadora natural de Plantation depressa começou a dar sinais de uma adaptação e conforto há vários meses não vistos e em Indian Wells derrotou Victoria Azarenka.

Daí a fazer o brilharete que fez em Miami vai uma grande distância, é certo, mas será de estranhar? Afinal, estamos a falar do torneio mais perto do sítio onde nasceu (fica a cerca de 50km) e de um ambiente que a faz em tudo lembrar as duas semanas douradas em Flushing Meadows. E assim, passo a passo, Sloane começou a construir nova caminhada inesquecível. Primeiro ao derrotar Garbiñe Muguruza, depois Angelique Kerber e novamente Azarenka antes de, já este sábado, levar a melhor numa final entre duas campeãs de torneios do Grand Slam.

Sob muita pressão, como aliás se percebe olhando apenas para o marcador: foi a tenista da casa quem entrou melhor e por duas vezes serviu para fechar o primeiro parcial, mas dois breaks imediatos devolveram esperança a Ostapenko e mais do que duplicaram o peso da raquete de Stephens, que só no tiebreak conseguiu ganhar a tão desejada — e procurada — vantagem. E que vantagem: é que uma vez na frente, não mais a campeã do US Open olhou para trás e num piscar de olhos já liderava por 4-1 na segunda partida.

Embalada pelo público da casa e a imagem de mais um grande troféu (e cheque) no horizonte, ficou cada vez mais certo para cada um dos presentes que seria apenas uma questão de tempo até a árbitra da final cantar o tradicional “Game, set and match” acompanhado do nome de Sloane Stephens. E, com ele, os parciais de 7-6(5) e 6-1, que fazem da norte-americana a vencedora da última edição do histórico torneio realizada em Crandon Park (é que a partir de 2019 o Miami Open terá nova casa).

E se no quadro feminino a festa é feita por uma jogadora da casa, na competição masculina a situação pode repetir-se: a final vai colocar frente a frente Alexander Zverev (que aos 20 anos procura o terceiro título em Masters 1000) e John Isner, que perdeu as três finais que disputou em torneios da categoria (duas delas em casa) mas sempre, sempre contra tenistas do chamado “Big Four”.

Um registo perfeito

Aos 25 anos, Sloane Stephens prolonga um registo que é de fazer inveja a qualquer desportista profissional: não sabe o que é perder uma final no circuito WTA, onde passa agora a somar 6 títulos em 6 decisões disputadas. A primeira aconteceu em Washington, no ano de 2015, três vieram em 2016 (Auckland, Acapulco e Charleston) e a mais recente já no final de 2017, quando venceu o US Open. Ou seja, dos 6 títulos, 4 aconteceram em solo norte-americano. Onde ela se dá verdadeiramente bem.

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