Não se adivinha uma tarefa nada fácil a estreia de Simona Halep como cabeça de série de um Grand Slam. A romena que ocupa o lugar cimeiro do ranking mundial feminino espreita por cima do ombro e vislumbra bem perto de si um grupo de cinco pretendentes que iniciam o Australian Open com apenas um objetivo em mente: ganhar o torneio e substituir Halep no topo.
Ainda assim, cada uma terá de percorrer o seu caminho, e esse revela-se mais espinhoso para umas do que para outras. Ora vejamos as condições mínimas que cada jogadora terá de superar:
Caroline Wozniacki (2.ª) – A dinamarquesa surge logo atrás de Halep como segunda cabeça de série e por isso beneficia de um percurso teoricamente mais acessível que o das suas colegas. Terá obrigatoriamente de atingir “apenas” as meias finais do torneio. Se for bem sucedida, Wozniacki tornar-se-à a jogadora com maior intervalo de tempo entre o abandono e o regresso ao topo (deixou de ser número 1 em janeiro de 2012).
Garbiñe Muguruza (3.ª) – A representante ibérica chega a Melbourne com o estatuto de tenista mais jovem a vencer dois majors. Para efetuar o hat trick, terá, no mínimo, que se tornar finalista do Happy Slam. Um fator determinante para o sucesso da espanhola será certamente a plena recuperação da lesão que a afastou do torneio de Sydney.
Elina Svitolina (4.ª) – No ano transato, nenhuma jogadora do circuito venceu mais títulos que a ucraniana. E este ano, mostra-se decidida em dar seguimento a esse feito conquistando já o Brisbane International, no sábado passado. Relativamente ao Australian Open, a tenista natural de Odessa terá de abrir caminho até à final, e assim fazer bem melhor que as suas cinco prestações anteriores onde nunca foi capaz de ultrapassar a terceira ronda.
Karolina Pliskova (6.ª) – A tenista de 25 anos tornou-se o expoente máximo do ténis feminino do seu país ao tornar-se a primeira jogadora a checa a atingir a primeira posição do ranking, durante a temporada passada. A sua jornada para conseguir novamente esse feito não se prevê nada fácil, tendo de alcançar algo que nunca foi capaz – um titulo do Grand Slam. Neste caso, já este mês, em Melbourne, com o fator extra de necessitar de outros resultados a seu favor.
Jelena Ostapenko (7.ª) – A letã surpreendeu tudo e todos ao vencer Roland Garros na temporada passada no rescaldo do seu 20.º aniversário. Apresenta-se assim como a jogadora mais jovem das candidatas à primeira posição do ranking. O início da presente temporada, contudo, não se revelou nada positivo para a teenager – não foi capaz de ganhar um set nos dois torneios que disputou até ao momento. Situação que terá de melhorar drasticamente caso deseje ambicionar o lugar cimeiro da hierarquia. A tenista natural de Riga terá de repetir o feito de Paris e ainda esperar um conjunto de outros resultados favoráveis.