O ano de 2018 inicia-se com uma grande mudança para Aljaz Bedene. O esloveno, que adquiriu dupla-nacionalidade britânica em 2015, decidiu voltar a representar o seu país natal após dois anos de representação das cores da Grã-Bertanha.
Já no passado mês de dezembro, o tenista de 28 anos havia anunciado as suas intenções de voltar a representar a Eslovénia a partir do início do presente ano. A Federação Internacional de Ténis (ITF) aceitou o pedido e a mudança de nacionalidade foi já considerada nos dois torneios que o jogador natural de Ljubljana disputou até ao momento – Doha e Sydney.
O principal motivo que levou a esta reversão prende-se com o fato de a ITF ter introduzido uma nova regra que visa a proibição da participação de jogadores com dupla nacionalidade na Taça Davis e nos Jogos Olímpicos, aquando estes tenham representado o país de origem nessas mesmas competições. Caso esse que se verifica em Bedene – defendeu as cores eslovenas por três ocasiões antes de proceder à alteração de nacionalidade.
Em declarações à BBC, o atual número 51 do ranking mundial considera o periodo de representação das cores britânicas “uma ótima viagem com um final infeliz”, e explica: “No final de contas a decisão não foi minha, mas da ITF. Foi difícil, mas fiz o que está certo. Tive de decidir e isto não estava a ser algo saudável para mim. Queria muito jogar na Taça Davis e nos Jogos Olímpicos”.
O ex-número 2 britânico concluiu acrescentando que em momento algum houve más intenções ou desrespeito da sua parte e que pretende manter uma relação saudável com todas as partes.
Questões administrativas à parte, o esloveno encontra-se de partida de Sydney após a eliminação concedida no ATP 250 local, em jogo disputado na madrugada passada frente ao francês Benoit Paire (42.º). Segue-se agora a participação no Australian Open, onde conta com entrada direta no quadro principal.