A partida decorreu em contexto de exibição e com um Rafael Nadal ainda um pouco convalescente e, talvez por isso, Richard Gasquet não conferiu demasiada importância ao facto de ter derrotado o maiorquino pela primeira vez ao cabo de 16 encontros.
No Kooyong Classic, em Melbourne, o antigo campeão do Millennium Estoril Open superiorizou-se ao líder do ranking mundial com os parciais de 6-4 e 7-5, mas na análise que fez em declarações ao L’EQUIPE preferiu desvalorizar o triunfo, destacando que o importante é que está a subir de forma.
“É bom sentir que joguei bem. Mas também já estou no circuito há muitos anos e não é esta vitória que me vai entusiasmar. Estou apenas feliz por estar a ficar em forma. Ele [Nadal] precisa de jogar. Sinto que joguei muito bem, mas este triunfo não mudará a minha vida”, analisou Gasquet.
“Ele derrotou-me 15 vezes, sim, é um facto, mas este foi apenas um jogo. As coisas ainda estão muito no início. Tudo é possível para um tenista como Nadal em encontros à melhor de cinco sets, ainda que atualmente não esteja no seu melhor. Mas dentro de uma semana, ou dez dias, ele será outro jogador”, apontou.
Se para Rafael Nadal este foi o primeiro encontro em 2018, para Gasquet foi o terceiro, visto que o francês já havia participado, ainda que sem sucesso, no torneio de Doha (derrota frente a Tsitsipas, por 6-3 e 6-4, na segunda ronda). A poucos dias do começo do Australian Open, o mais importante é mesmo adquirir o maior tempo de jogo possível.
“Estou fisicamente apto, não tenho dores. Estou a 100% e isso é o mais importante, ainda que não tenha jogado bem em Doha, onde me exibi a um nível médio. O que eu quero é estar saudável e livre de lesões”, afirmou.
O circuito de agora e o circuito de antigamente
Já com uma longa carreira, Richard Gasquet, de 31 anos, não hesitou na hora de fazer uma comparação entre o circuito de hoje em dia e o de há uma década. “O circuito agora está muito mais difícil, todos os jogos são complicados. Hoje, o número 100 mundial é muito mais forte do que quando eu cheguei há 10 ou 12 anos. O ténis atual é muito mais físico do que antigamente e obviamente há mais tenistas lesionados”, observou.