Se de revés temos um dos jovens mais promissores e talvez a maior revelação do ano transato, do lado direito está um dos jogadores mais experientes do circuito profissional de padel. Eis Matías Díaz e Ale Galán, umas das novas duplas que poderá dar muito que falar durante o próximo ano [conforme já foi indicado pelo RAQUETC no dia 23 de dezembro]. Por isso, a Padel World Press quis saber mais e falou recentemente com os jogadores sobre o que aí vem.
Sobre a separação de Maxi Sánchez, Matías Díaz revelou que “foi ele quem me disse que queria seguir outro caminho e que ia jogar com o Sanyo Gutiérrez. Entendo que muitos jogadores se assustem um pouco com a minha idade, mas continuo a demonstrar que estou a crescer”.
E, pragmático, imagina que “Bela e Lima estarão muito agradecidos com todas estas mudanças. Sempre que crio um projeto novo, faço-o a pensar com um mínimo de dois anos, que foi o que aconteceu com o Maxi. Espero que o Ale me aguente mais um ‘pouquito’, isto vai ser um lindo desafio e creio que vai correr muito bem”.
Já Ale Galán, que está consolidado no top 10 do ranking World Padel Tour, assume que viveu uma temporada fenomenal com Juan Cruz Belluati: “Superámos todos os nossos objetivos, fomos bastantes ambiciosos desde que nos unimos mas nunca imaginámos chegar tão cedo ao top 10, ainda por cima depois de começarmos a jogar prévias.” Segundo o jovem madrileno, “o crescimento foi muito grande e agora é preciso trabalhar para continuar a evolução”.
Muda de parceiro, mas não de treinadores. Na mesma entrevista, Galán confirmou que irá continuar “a treinar com o Mariano Amat e Jorge Martínez“, os seus treinadores de há seis anos. “Creio que são uma parte muito importante na minha progressão e para mim era muito importante continuar manter-me com eles”, completou, afirmando que o seu parceiro “entendeu perfeitamente” esta necessidade.
Padel no ADN
Matías Díaz chegou ao padel pelo pai, que “sempre esteve ligado ao desporto, primeiro ao ténis e logo depois ao padel, acompanhando o boom na Argentina.” Logo a seguir ao pai criar o Centro de Entrenamiento de Padel de Alta Competição, começou “a treinar e a competir em torneios de padel com o meu irmão e a partir daí o meu pai começou a trabalhar com o Bela e outros grandes jogadores.”
Por outro lado, Alejandro Galán aproveitou a presença de “um vizinho que era jogador e professor de padel” na sua urbanização e usava com frequência um dos campos existentes “para jogar com as outras crianças”. Aos 7 anos, “comecei a treinar na escola criada em Alcorcón por Paco Moya“. E a partir daí “foi uma questão de tempo até me incorporar na Fundação Damm por volta dos 15 anos.” Galán refere-se a uma organização sem fins lucrativos criada em Barcelona para que os jovens desenvolvam e aproveitem a paixão pelo padel.