É certo e sabido que jogar os torneios do Grand Slam é uma das grandes motivações para a esmagadora maioria dos jogadores. É nos grandes palcos que os holofotes estão centrados e é lá que todos sonham um dia levantar o troféu. Por isso, e independentemente do vasto currículo que Serena Williams apresenta em provas daquele escalão, falhar um major nunca é uma decisão tomada de animo leve, tal como reconheceu Patrick Mouratoglou.
“Falhar um Grand Slam nunca é uma decisão fácil de tomar, creio que para qualquer tenista profissional, e com certeza para Serena. Mas eu prefiro ver esta desistência [do Australian Open] como uma decisão sábia. Não é uma decisão fácil, mas é a melhor, é sábia”, disse o treinador da campeã de 23 títulos do Grand Slam, em declarações prestadas à ESPN.
Patrick Mouratoglou, que trabalha com Serena Williams desde 2012, encontrou-se com a norte-americana em meados de dezembro, na Florida, e admitiu que é difícil convencer a antiga número 1 mundial a manter-se afastada da competição.
“Ela passou por alguns contratempos depois da gravidez e isso atrasou o seu regresso aos treinos. Esteve dois meses sem competir depois do parto e, naturalmente, eu sabia que ela estava atrasada na sua preparação. Mas nunca sabemos o que esperar da Serena, pelo que trabalhámos e depois surgiu a hipótese de jogar uma partida de exibição [em Abu Dhabi] para aferir do seu estado”, afirmou o treinador francês de 47 anos.
“Ela pensa sempre que consegue encontrar maneira de competir, mesmo quando não está pronta, e por isso é sempre difícil para mim convencê-la a não jogar”, observou Mouratoglou, que explicou a razão pela qual apoia a decisão de Serena Williams: “É melhor levar um pouco mais de tempo na recuperação, para que o regresso aconteça nas melhores condições possíveis – ganhar ou perder já é outro assunto”, assegurou.
