Aos 37 anos, Venus Williams é uma inspiração para as tenistas mais jovens. A norte-americana tem um palmarés invejável, em que se destacam os sete títulos de torneios do Grand Slam e as quatro medalhas de ouro olímpicas, e nem o facto de estar na fase final da sua gloriosa carreira a tem impedido de continuar a lutar pelos grandes títulos.
Este ano, a ex-número 1 mundial chegou à final do Australian Open e de Wimbledon, e esta quinta-feira só parou nas meias-finais do US Open, frente a uma Sloane Stephens que está a jogar o melhor ténis da sua carreira.
Mats Wilander, também ele um antigo campeão de Grand Slams e atual comentador no Eurosport, considerou que Williams se apresentou no jogo de ontem algo nervosa. “Venus pareceu um pouco nervosa, tal como tinha acontecido na final de Wimbledon, o que é compreensível visto que aos 37 anos já não terá muitas mais oportunidades”, comentou o sueco de 53 anos, em declarações à Reuters.
Sloane Stephens já havia derrotado Venus Williams anteriormente, em 2015, no torneio de Roland Garros. Daí para cá, muita coisa mudou, e Wilander explicou a razão pela qual Stephens não era a adversária ideal para Williams. “Stephens devolve tudo, é muito rápida e as suas pancadas, regra geral, são winners. Ela obriga as adversárias a bater uma e outra vez, e isso realmente não é ponto forte da Venus, que gosta de terminar as trocas de bolas em uma ou duas pancadas”.
Williams frisou em conferência de imprensa que vai “continuar a lutar por títulos” e Wilander enalteceu a paixão que a atual 9.ª classificada do ranking (será 5.ª na segunda-feira) nutre pela modalidade. “Ela esteve em três finais em 2002 (Roland Garros, Wimbledon e US Open) e 15 anos depois poderia tê-lo feito novamente. A paixão que tem pelo ténis é incomensurável. Está ao nível de Roger Federer”, constatou.
