Nadal: “Não vou responder a quem me chama de passa bolas. É frase de ‘miúdo’ de 10 anos”

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Fotografia: Nicolas Gouhier/FFT

São os chamados ossos do ofício. Por muito que se ganhe exibindo um ténis de inegável qualidade, existem sempre os críticos, talentosos a encontrar agulhas em palheiros. Recentemente, saiu a fava ao campeão de Roland Garros, Rafael Nadal.

Um deputado espanhol do partido Podemos publicou no Twitter uma mensagem onde acusa o maiorquino de praticar um ténis excessivamente defensivo, ou como o próprio define, à “passa bolas”. Mais tarde, em entrevista ao jornal El Español, Nadal aproveitou a oportunidade para tornar pública a sua perspetiva relativamente ao assunto.

“Não vou responder a quem me chama de passa bolas. Realmente isso não me importa nada, é uma barbaridade”, começou por afirmar. “Ninguém no seu perfeito juízo pode dizer tal barbaridade. Sinceramente, só me consigo rir”, continuou.

Apesar da tentativa de amenizar a situação, o número um mundial não evita transparecer alguma frustração para com o sucedido, fazendo questão de vincar a imaturidade inerente à referida declaração. “Que é isto de ser passa bolas? É uma frase dita por ‘miúdos’ de 10 anos. Se és um passa bolas, então és um passa bolas. Se te ganham é porque passaram uma bola a mais que tu, essa é a realidade”, sublinhou.

Para terminar, Nadal esclarece que o mais importante no ténis é cada jogador encontrar as suas armas no sentido de atingir o principal objetivo: ganhar. “Isto é desporto. O objetivo é chegar, da maneira que seja, ao teu máximo. Jogando muito agressivo, mais defensivo, no contra-ataque ou na rede. A meta é sempre chegar à tua melhor opção e vencer”, concluiu.

A propósito desta temática, Norberto Santos — ex-redator principal do Record e historiador do ténis português –, publicou recentemente um texto de opinião, onde analisa a evolução da abordagem de Nadal, evidenciada na conquista de Roland Garros, entre outros pontos pertinentes (ver aqui).

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